Hoje lembrei de quando era pequena e meu velho tio fazia aquele truque de retirar coisas de trás da minha orelha - em sua maioria moedas de pequeno valor que me faziam pensar que esta rica - e sempre que eu perguntava como ele fazia aquilo vinha aquela velha resposta mais que manjada "Um bom mágico nunca revela seus truques".
Mesmo não contente eu engolia a resposta e, ainda cabisbaixa, ia brincar com meus primos.
Bem, quando eu era pequena eu não entendia porque um mágico não podia revelar seus truques, afinal, conhecer é muito diferente de conseguir fazer igual. Depois, quando já havia crescido um pouco - o suficiente para ver o que havia em cima da mesa sem precisar me apoiar nas pontas de meus pés - entendia que quando se conhece uma coisa tem-se maior facilidade para entendê-la à ponto de, até mesmo, reproduzí-la tão perfeitamente que pareceria a original.
Mas agora, com meus quase vinte anos, mesmo ainda jovem e imatura, entendo que o problema do mágico em mostrar seu truque não é apenas o perigo de imitá-lo, mas sim o fato de que o volume de imitações pode ser tão grande que irá saturar o seu grande truque. Assim como aconteceu com o velho truque da moeda.
E não acaba por aí, eu hoje entendo que o maior problema em se revelar o grande truque é, não insentivar as pessoas que tem o tal interesse por ele à descobrirem sozinhas como fazer aquilo, o que faz aquilo tudo acontecer.
É aí que mora o nosso problema, sempre queremos que nos digam como fazer o truque e nunca pensamos em pensar em como fazê-los ou em pensar em nossos próprios truques.
Observo a juventude de minha época e não vejo grande coisa, pelo menos nada muito especial ou próximo a isso.
Por certas vezes penso em tempos como os da Grécia Antiga, onde os Sábios filosofavam em praça pública e, todos os que o rodiavam e que possuim a vontade de pensar, ouviam suas frases que pareciam completamente ilógicas e - ao invés de simplesmente ignorá-las - pensavam até se formasse em suas cabeças um sistema lógico e completamente óbvio.
Penso que quando um filosofo se punha sentado em uma rocha com sua toga branca - numa posição quase que fetal ao apoiar os cotovelos em seus joelhos e sua cabeça se deitava quase lentamente sobre suas mãos - ele não estava entediado sem ter o que fazer pois seu cigarrinho de maconha já acabará juntamente com o seu dinheiro e, por isso, resolveu pensar na morte da bezerra quando de repente ele viu um crocodilo-voador-do-bico-rosa e pensou que "Havia uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho havia uma pedra".
Antigamente as pessoas praticavam o verdadeiro sentido da palavra pensar, tanto que, pensavam no que é a verdade que foi utilizada na frase "(...) verdadeiro sentido (...)", afinal o que é verdadeiro, e mais, o que é sentido da verdade? se nem mesmo o verdadeiro é definido como se pode definir o sentido? E assim por diante.
Acho que eu gostaria de ter nascido em uma época que os mistérios fossem mais avançados que a própria ciência, onde talvez os pensamentos - mesmo que simples - seriam, ainda sim, muito mais valiosos que o dinheiro, o poder e a fama.
Esquecer que as pessoas possuem uma forma física para poder edificá-las em imagens monumentais de pura felicidade e, assim quem sabe, poderíamos finalmente o que tem por trás de palavras como amizade, admiração, amor, família, sonho.
A preguiça e comodidade invadiram nossa triste realidade e, justamente por não pensarmos em nada, ocupamos nossas mentes com aquilo que chamam de inimizades, falsidades, mentiras, invejas, etc.
Talvez precisemos ressucitar os "Aristóteles", "Platão", "Shakespear", "Montesquieu", "Rosseau", etc. que existem dentro de nós para finalmente fazermos algo de importante não apenas para nós, mas também para os outros - Será que foi assim que a Madre Tereza de Calcutá chegou ao seu posto de bondade divina? Talvez um dia sejamos todos canonizados, vejam só que maravilha!
Texto inspirado na Profª Drª Denise Tardelli, professora da minha amiga Lorraine, que disse "Porque hoje os jovens não tem um sentido de vida, vivem agora a Cultura do Tédio."
Mulher maravilhosa não acham!?
E quem foi que disse que um bom mágico não revela seus truques??
Hoje lembrei de quando era pequena e meu velho tio fazia aquele truque de retirar coisas de trás da minha orelha - em sua maioria moedas de pequeno valor que me faziam pensar que esta rica - e sempre que eu perguntava como ele fazia aquilo vinha aquela velha resposta mais que manjada "Um bom mágico nunca revela seus truques".
Mesmo não contente eu engolia a resposta e, ainda cabisbaixa, ia brincar com meus primos.
Bem, quando eu era pequena eu não entendia porque um mágico não podia revelar seus truques, afinal, conhecer é muito diferente de conseguir fazer igual. Depois, quando já havia crescido um pouco - o suficiente para ver o que havia em cima da mesa sem precisar me apoiar nas pontas de meus pés - entendia que quando se conhece uma coisa tem-se maior facilidade para entendê-la à ponto de, até mesmo, reproduzí-la tão perfeitamente que pareceria a original.
Mas agora, com meus quase vinte anos, mesmo ainda jovem e imatura, entendo que o problema do mágico em mostrar seu truque não é apenas o perigo de imitá-lo, mas sim o fato de que o volume de imitações pode ser tão grande que irá saturar o seu grande truque. Assim como aconteceu com o velho truque da moeda.
E não acaba por aí, eu hoje entendo que o maior problema em se revelar o grande truque é, não insentivar as pessoas que tem o tal interesse por ele à descobrirem sozinhas como fazer aquilo, o que faz aquilo tudo acontecer.
É aí que mora o nosso problema, sempre queremos que nos digam como fazer o truque e nunca pensamos em pensar em como fazê-los ou em pensar em nossos próprios truques.
Observo a juventude de minha época e não vejo grande coisa, pelo menos nada muito especial ou próximo a isso.
Por certas vezes penso em tempos como os da Grécia Antiga, onde os Sábios filosofavam em praça pública e, todos os que o rodiavam e que possuim a vontade de pensar, ouviam suas frases que pareciam completamente ilógicas e - ao invés de simplesmente ignorá-las - pensavam até se formasse em suas cabeças um sistema lógico e completamente óbvio.
Penso que quando um filosofo se punha sentado em uma rocha com sua toga branca - numa posição quase que fetal ao apoiar os cotovelos em seus joelhos e sua cabeça se deitava quase lentamente sobre suas mãos - ele não estava entediado sem ter o que fazer pois seu cigarrinho de maconha já acabará juntamente com o seu dinheiro e, por isso, resolveu pensar na morte da bezerra quando de repente ele viu um crocodilo-voador-do-bico-rosa e pensou que "Havia uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho havia uma pedra".
Antigamente as pessoas praticavam o verdadeiro sentido da palavra pensar, tanto que, pensavam no que é a verdade que foi utilizada na frase "(...) verdadeiro sentido (...)", afinal o que é verdadeiro, e mais, o que é sentido da verdade? se nem mesmo o verdadeiro é definido como se pode definir o sentido? E assim por diante.
Acho que eu gostaria de ter nascido em uma época que os mistérios fossem mais avançados que a própria ciência, onde talvez os pensamentos - mesmo que simples - seriam, ainda sim, muito mais valiosos que o dinheiro, o poder e a fama.
Esquecer que as pessoas possuem uma forma física para poder edificá-las em imagens monumentais de pura felicidade e, assim quem sabe, poderíamos finalmente o que tem por trás de palavras como amizade, admiração, amor, família, sonho.
A preguiça e comodidade invadiram nossa triste realidade e, justamente por não pensarmos em nada, ocupamos nossas mentes com aquilo que chamam de inimizades, falsidades, mentiras, invejas, etc.
Talvez precisemos ressucitar os "Aristóteles", "Platão", "Shakespear", "Montesquieu", "Rosseau", etc. que existem dentro de nós para finalmente fazermos algo de importante não apenas para nós, mas também para os outros - Será que foi assim que a Madre Tereza de Calcutá chegou ao seu posto de bondade divina? Talvez um dia sejamos todos canonizados, vejam só que maravilha!
Texto inspirado na Profª Drª Denise Tardelli, professora da minha amiga Lorraine, que disse "Porque hoje os jovens não tem um sentido de vida, vivem agora a Cultura do Tédio."
Mulher maravilhosa não acham!?
Mesmo não contente eu engolia a resposta e, ainda cabisbaixa, ia brincar com meus primos.
Bem, quando eu era pequena eu não entendia porque um mágico não podia revelar seus truques, afinal, conhecer é muito diferente de conseguir fazer igual. Depois, quando já havia crescido um pouco - o suficiente para ver o que havia em cima da mesa sem precisar me apoiar nas pontas de meus pés - entendia que quando se conhece uma coisa tem-se maior facilidade para entendê-la à ponto de, até mesmo, reproduzí-la tão perfeitamente que pareceria a original.
Mas agora, com meus quase vinte anos, mesmo ainda jovem e imatura, entendo que o problema do mágico em mostrar seu truque não é apenas o perigo de imitá-lo, mas sim o fato de que o volume de imitações pode ser tão grande que irá saturar o seu grande truque. Assim como aconteceu com o velho truque da moeda.
E não acaba por aí, eu hoje entendo que o maior problema em se revelar o grande truque é, não insentivar as pessoas que tem o tal interesse por ele à descobrirem sozinhas como fazer aquilo, o que faz aquilo tudo acontecer.
É aí que mora o nosso problema, sempre queremos que nos digam como fazer o truque e nunca pensamos em pensar em como fazê-los ou em pensar em nossos próprios truques.
Observo a juventude de minha época e não vejo grande coisa, pelo menos nada muito especial ou próximo a isso.
Por certas vezes penso em tempos como os da Grécia Antiga, onde os Sábios filosofavam em praça pública e, todos os que o rodiavam e que possuim a vontade de pensar, ouviam suas frases que pareciam completamente ilógicas e - ao invés de simplesmente ignorá-las - pensavam até se formasse em suas cabeças um sistema lógico e completamente óbvio.
Penso que quando um filosofo se punha sentado em uma rocha com sua toga branca - numa posição quase que fetal ao apoiar os cotovelos em seus joelhos e sua cabeça se deitava quase lentamente sobre suas mãos - ele não estava entediado sem ter o que fazer pois seu cigarrinho de maconha já acabará juntamente com o seu dinheiro e, por isso, resolveu pensar na morte da bezerra quando de repente ele viu um crocodilo-voador-do-bico-rosa e pensou que "Havia uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho havia uma pedra".
Antigamente as pessoas praticavam o verdadeiro sentido da palavra pensar, tanto que, pensavam no que é a verdade que foi utilizada na frase "(...) verdadeiro sentido (...)", afinal o que é verdadeiro, e mais, o que é sentido da verdade? se nem mesmo o verdadeiro é definido como se pode definir o sentido? E assim por diante.
Acho que eu gostaria de ter nascido em uma época que os mistérios fossem mais avançados que a própria ciência, onde talvez os pensamentos - mesmo que simples - seriam, ainda sim, muito mais valiosos que o dinheiro, o poder e a fama.
Esquecer que as pessoas possuem uma forma física para poder edificá-las em imagens monumentais de pura felicidade e, assim quem sabe, poderíamos finalmente o que tem por trás de palavras como amizade, admiração, amor, família, sonho.
A preguiça e comodidade invadiram nossa triste realidade e, justamente por não pensarmos em nada, ocupamos nossas mentes com aquilo que chamam de inimizades, falsidades, mentiras, invejas, etc.
Talvez precisemos ressucitar os "Aristóteles", "Platão", "Shakespear", "Montesquieu", "Rosseau", etc. que existem dentro de nós para finalmente fazermos algo de importante não apenas para nós, mas também para os outros - Será que foi assim que a Madre Tereza de Calcutá chegou ao seu posto de bondade divina? Talvez um dia sejamos todos canonizados, vejam só que maravilha!
Texto inspirado na Profª Drª Denise Tardelli, professora da minha amiga Lorraine, que disse "Porque hoje os jovens não tem um sentido de vida, vivem agora a Cultura do Tédio."
Mulher maravilhosa não acham!?