Ontem resolvi reler algumas revistas VEJA!, afinal de contas não custa nada usufruir das vantagens da assinatura, peguei uma edição que continha uma reportagem que falava sobre Jacques Vergès - algo sobre um novo documentário seu - e logo ao fim da reportagem dizia a revista VEJA!: " Vergès, enfim, é a acepção literal de um "advogado do diabo" – aquele que se candidataria a defender o próprio, por gosto e convicção.", quando li isso na hora me pus brava.
Ora, entendo que não saber sobre os termos, a matéria, sobre o direito em si, trás as pessoas ideias erroneas sobre as coisas, mas não se trata sobre a matéria em si, nem sobre os termos se trata sobre a profissão. A revista VEJA! diz a frase transcrita supra após uma reportagem que comentou até mesmo sobre alguns dos clientes de Vergès, como por exemplo Slobodan Milosevic - famoso genocida - que enquanto presidente da Sérvia promoveu a batalha de Bósnia e Kosovo com a intenção Hitleriana de fazer uma limpeza étnica que ocasionou cerca de 250.000 mortes CIVIS, e - sem perder a chance - comentou sobre o novo cliente de Vergès, Klaus Barbie, um dos lideres da Gestapo que atuou em completa barbárie na França ocupada, conhecido como "Açougueiro de Lyon" foi diretamente responsável por 4.000 mortes.
A primeira vista, Vergès realmente não é o tipo de pessoa que se queira convidar a entrar para o seu rol de amigos íntimos, porém o que a revista VEJA! e todos as pessoas se esquecem é que, no que se tratar de direito, não se pode simplesmente ignorar àqueles que comentem crimes sórdidos e absurdo, não se trata de defende-los ou acusa-los, muito menos de livrá-los da condenação.
A figura do advogado não está aí para livrar os culpados de suas punições, tão menos para condená-los. Acontece que a função do advogado é apenas garantir que a punição aplicada ao seu cliente seja a mais justa, que não seja maior do que a que ele merece, mas não seja menor.
Pouco importa o quão bruto tenha sido o crime, pouco importa o quão desumano é o autor do crime, todos tem direito de ser auxiliado por um advogado, portanto, essa história de "advogado do diado" não torna ninguém melhor ou pior, é simples. O advogado poderá sempre ser qualquer um, mas o diabo é sempre o mesmo. O advogado não deve levar a fama de seu cliente e vice-e-versa. Eis que o advogado é o tradutor do cliente. O juiz é uma pessoa que fala uma língua desconhecida para o criminoso e o advogado é quem faz a tradução para os dois.
Dessa forma, detesto o fato das pessoas não entenderem (ou não quererem entender) que o advogado não é mais um criminoso tentando livrar seus comparsas, seja como for, minha revolta singela em um blog largado aos quatros ventos que vai mudar a visão mundial sobre ser o advogado do diabo ou o advogado de Deus, de qualquer forma, desabafos são apenas desabafos se não tiverem contraproposta, certo?!
Ora, entendo que não saber sobre os termos, a matéria, sobre o direito em si, trás as pessoas ideias erroneas sobre as coisas, mas não se trata sobre a matéria em si, nem sobre os termos se trata sobre a profissão. A revista VEJA! diz a frase transcrita supra após uma reportagem que comentou até mesmo sobre alguns dos clientes de Vergès, como por exemplo Slobodan Milosevic - famoso genocida - que enquanto presidente da Sérvia promoveu a batalha de Bósnia e Kosovo com a intenção Hitleriana de fazer uma limpeza étnica que ocasionou cerca de 250.000 mortes CIVIS, e - sem perder a chance - comentou sobre o novo cliente de Vergès, Klaus Barbie, um dos lideres da Gestapo que atuou em completa barbárie na França ocupada, conhecido como "Açougueiro de Lyon" foi diretamente responsável por 4.000 mortes.
A primeira vista, Vergès realmente não é o tipo de pessoa que se queira convidar a entrar para o seu rol de amigos íntimos, porém o que a revista VEJA! e todos as pessoas se esquecem é que, no que se tratar de direito, não se pode simplesmente ignorar àqueles que comentem crimes sórdidos e absurdo, não se trata de defende-los ou acusa-los, muito menos de livrá-los da condenação.
A figura do advogado não está aí para livrar os culpados de suas punições, tão menos para condená-los. Acontece que a função do advogado é apenas garantir que a punição aplicada ao seu cliente seja a mais justa, que não seja maior do que a que ele merece, mas não seja menor.
Pouco importa o quão bruto tenha sido o crime, pouco importa o quão desumano é o autor do crime, todos tem direito de ser auxiliado por um advogado, portanto, essa história de "advogado do diado" não torna ninguém melhor ou pior, é simples. O advogado poderá sempre ser qualquer um, mas o diabo é sempre o mesmo. O advogado não deve levar a fama de seu cliente e vice-e-versa. Eis que o advogado é o tradutor do cliente. O juiz é uma pessoa que fala uma língua desconhecida para o criminoso e o advogado é quem faz a tradução para os dois.
Dessa forma, detesto o fato das pessoas não entenderem (ou não quererem entender) que o advogado não é mais um criminoso tentando livrar seus comparsas, seja como for, minha revolta singela em um blog largado aos quatros ventos que vai mudar a visão mundial sobre ser o advogado do diabo ou o advogado de Deus, de qualquer forma, desabafos são apenas desabafos se não tiverem contraproposta, certo?!
Jacques Vergès
Slobodan Milosevic
Klaus Barbie