Certas vezes penso que, nada seria de meu mundo - meu infinito particular - se não fizesse tantas idiotices, eu, de minha vida.
E obviamente, estou certa.
É por isso que as vezes eu sou a pessoa errada na hora certa - minha hora - e, me pego, todas essas vezes, na situação em que encontro a pessoa certa, porém na hora errada - hora dela.
Parece confuso e, claramente é um texto confuso, pois, é disso mesmo que eu estou falando. Confusão. É o tipo mais estranho, a variante mais absurda, a ação mais descontrolada e, provavelmente, a emoção mais insensata.
Digamos que, eu estou e sou a reunião dessas coisas que se apoiam na linha mais tênue de moralidade e coerência que, por ventura, ouso dizer que tenho.
No bem da verdade, é que minhas regras - no meu mundo - são poucas e nenhuma delas tem um grande valor moral, isto porque eu não as quero dessa maneira. É como se, num impulso desvairado, eu quisesse construir um muro do mais fino papel para guardar os mais delicados cristais, rezando para não ventar em hipótese alguma. Obviamente eu não obterei êxito, mas, ainda sim, estarei - no âmbito de minha demência - cercando meus cristais.
O fato é: está noite, certamente, eu fui - outra vez - a pessoa errada na hora certa com a pessoa certa na hora errada.
Afinal, é natural, pois carrego muita loucura, minha loucura, para todos os lugares, e é nela que me apoio, na minha linha mais tênue de moralidade e coerência.
Não vejo isso como um mau negócio, aliás, pelo contrario! Quanto mais loucura melhor, é assim que - quase - sempre vejo minhas situações de desconforto. Todavia, ontem, foi diferente, pois pela - talvez - primeira vez eu senti algo que me fez notar que até eu, em meio a minha loucura, posso me arrepender. E de fato, talvez tenha me arrependido.
Ocorre, porém, que sempre disseram que por vezes não há o que se fazer, que "não adianta chorar sobre o leite derramado", e até concordo parcialmente, não acho certo que se chore pelo leite que já foi caído, mas há algo a fazer, o chão ainda será limpo e ainda se pode tentar outra vez, coloque novamente o leite no copo! E segure firme com as duas mãos!
Talvez seja isso o que eu queira fazer, limpar o meu chão, e colocar outra vez o leite no meu copo. Eu quero exatamente isso. Retomar a ordem e a moral das minhas confusas regras internas. Apagar parte de minha loucura, trazer loucura nova para preencher o meu vazio.
Seria idiotice, ainda maior, de minha parte achar que ser oca, vazia, é ser normal. E depois do meu devaneio, agora já mais calma, pude ver que na realidade, talvez eu fosse a pessoa certa na hora errada, e a outra pessoa, a que eu protegia, dizendo a mim "pobre coitado, não merece isso, não merece sofrer pela loucura alheia", essa sim pode ser a pessoa errada na hora certa.
Eu protegi de mim, de toda a minha monstruosidade, de todo o meu antro de loucura e debilidade, a pessoa que, na realidade, eu quero que seja o meu Lobo Mau! Não quero ser, eu, a errada. Por isso, me farei certa, somente para mim, mesmo que não seja verdade. Pois, no meu mundo, a verdade não é um código de conduta certo, pois para mim, eu posso, eu devo, eu quero e eu vou mentir.
Acho que, estou sendo e ficando louca.
Acho que acho demais.
E obviamente, estou certa.
É por isso que as vezes eu sou a pessoa errada na hora certa - minha hora - e, me pego, todas essas vezes, na situação em que encontro a pessoa certa, porém na hora errada - hora dela.
Parece confuso e, claramente é um texto confuso, pois, é disso mesmo que eu estou falando. Confusão. É o tipo mais estranho, a variante mais absurda, a ação mais descontrolada e, provavelmente, a emoção mais insensata.
Digamos que, eu estou e sou a reunião dessas coisas que se apoiam na linha mais tênue de moralidade e coerência que, por ventura, ouso dizer que tenho.
No bem da verdade, é que minhas regras - no meu mundo - são poucas e nenhuma delas tem um grande valor moral, isto porque eu não as quero dessa maneira. É como se, num impulso desvairado, eu quisesse construir um muro do mais fino papel para guardar os mais delicados cristais, rezando para não ventar em hipótese alguma. Obviamente eu não obterei êxito, mas, ainda sim, estarei - no âmbito de minha demência - cercando meus cristais.
O fato é: está noite, certamente, eu fui - outra vez - a pessoa errada na hora certa com a pessoa certa na hora errada.
Afinal, é natural, pois carrego muita loucura, minha loucura, para todos os lugares, e é nela que me apoio, na minha linha mais tênue de moralidade e coerência.
Não vejo isso como um mau negócio, aliás, pelo contrario! Quanto mais loucura melhor, é assim que - quase - sempre vejo minhas situações de desconforto. Todavia, ontem, foi diferente, pois pela - talvez - primeira vez eu senti algo que me fez notar que até eu, em meio a minha loucura, posso me arrepender. E de fato, talvez tenha me arrependido.
Ocorre, porém, que sempre disseram que por vezes não há o que se fazer, que "não adianta chorar sobre o leite derramado", e até concordo parcialmente, não acho certo que se chore pelo leite que já foi caído, mas há algo a fazer, o chão ainda será limpo e ainda se pode tentar outra vez, coloque novamente o leite no copo! E segure firme com as duas mãos!
Talvez seja isso o que eu queira fazer, limpar o meu chão, e colocar outra vez o leite no meu copo. Eu quero exatamente isso. Retomar a ordem e a moral das minhas confusas regras internas. Apagar parte de minha loucura, trazer loucura nova para preencher o meu vazio.
Seria idiotice, ainda maior, de minha parte achar que ser oca, vazia, é ser normal. E depois do meu devaneio, agora já mais calma, pude ver que na realidade, talvez eu fosse a pessoa certa na hora errada, e a outra pessoa, a que eu protegia, dizendo a mim "pobre coitado, não merece isso, não merece sofrer pela loucura alheia", essa sim pode ser a pessoa errada na hora certa.
Eu protegi de mim, de toda a minha monstruosidade, de todo o meu antro de loucura e debilidade, a pessoa que, na realidade, eu quero que seja o meu Lobo Mau! Não quero ser, eu, a errada. Por isso, me farei certa, somente para mim, mesmo que não seja verdade. Pois, no meu mundo, a verdade não é um código de conduta certo, pois para mim, eu posso, eu devo, eu quero e eu vou mentir.
Acho que, estou sendo e ficando louca.
Acho que acho demais.