Gente!
Ontem eu resolvi dormir no sofá da sala, porque eu enjoei de dormir no quarto. Daí eu estava tendo um sonho legal até... mas não lembro dele direito, porque quando deu umas 3 da manhã eu ouvi um barulho MUITO, mas MUITO alto. Sério, muito alto mesmo.
Acordei assustada. Um acidente.
Fui até a varanda para ver, pois pensei logo na minha irmã que tinha saído, mas ela já havia chegado e eu não tinha visto. Continuei na varanda, preocupada, e se alguém estivesse muito ferido?
Em poucos minutos muitas pessoas, surgidas do nada, cercavam o local do acidente. Como se fosse um enxame de abelhas cercando um animal invasor de colméia.
O motorista havia virado em alta velocidade na esquina da minha casa, batera na lateral de três carros estacionados na minha rua, ultrapassou o canteiro da avenida atingindo mais dois carros estacionados no outro lado da praia, colidindo com mais um - afinal, estava na contra mão -, deixou um dos dois carros (que pertencia a um vizinho meu) por cima da calçada completamente amassado.
Pelo que pudemos notar - eu e minha irmã, que agora estava acorda e também assustada - o motorista ficou por um tempo desmaiado por cima do volante, uma vez que a buzina estava disparada, como se algo estivesse a apertando constantemente.
Depois ouvimos dizer que ele estava bêbado, sacou uma arma e ameaçou o rapaz do meu prédio que foi desesperado olhar seu carro. Mas acho que não era um fato muito real, quero dizer, pelo menos sobre a arma...
Apenas vinte minutos depois a CET, os bombeiros e a policia chegaram para dar assistência.
Ouvi minha sobrinha chorar e entrei, minha irmã veio logo atrás. Resolvi não voltar mais para a varanda, mas acho que - por sorte - ninguém se machucou. Isso me deixou mais aliviada.
Só sei que passei um baita SUSTO!
---
Comentário:
Notem como funcionam as coisas... Todos os dias morrem milhares de pessoas no mundo por conta de acidente de trânsito, e somente os mais próximos ligam para tal tragédia, mas, quando se trata de um acidente aéreo, é sempre muito mais traumatizante. Quero dizer, o fato de quase trezentas pessoas morrerem juntas em condições tão inevitáveis torna a morte, sem dúvida, cruel demais.
Vejam bem, o acidente com o Airbus da Air France foi tão trágico quanto qualquer outro acidente que dê ensejo à vítimas. Acharam apenas 16 corpos, e isso, é ainda mais triste, pois imagino que os parentes, familiares, amigos, estejam todos arrasados e, pior do que saber da morte de um ente querido, é não ter certeza dessa morte, ou melhor, não ver o corpo morto de seu ente amado. Acontece que quando vemos o corpo morto, nos obrigamos a aceitar que aquilo aconteceu. Mas quando não temos o corpo para lamentar, a esperança fica latente, gritando, explodindo, querendo escapar do peito. O coração bate forte a cada notificação de mais um corpo encontrado, e quando não é o corpo esperado, o coração vai parar na boca, que se controlar para não vomitar toda aquela ansiedade.
É sempre trágico. A perda nunca é boa. Mas com certeza, pior do que a perda, é a esperança que não se acaba, mesmo quando tudo indica que àqueles presentes no vôo não voltarão mais em vida.
Eu sinto, de verdade, por todos aqueles que estavam no vôo AF 447, e sinto igualmente por aqueles que tiveram pedaços de si desmanchados pelo mesmo vôo.
Susto!
Gente!
Ontem eu resolvi dormir no sofá da sala, porque eu enjoei de dormir no quarto. Daí eu estava tendo um sonho legal até... mas não lembro dele direito, porque quando deu umas 3 da manhã eu ouvi um barulho MUITO, mas MUITO alto. Sério, muito alto mesmo.
Acordei assustada. Um acidente.
Fui até a varanda para ver, pois pensei logo na minha irmã que tinha saído, mas ela já havia chegado e eu não tinha visto. Continuei na varanda, preocupada, e se alguém estivesse muito ferido?
Em poucos minutos muitas pessoas, surgidas do nada, cercavam o local do acidente. Como se fosse um enxame de abelhas cercando um animal invasor de colméia.
O motorista havia virado em alta velocidade na esquina da minha casa, batera na lateral de três carros estacionados na minha rua, ultrapassou o canteiro da avenida atingindo mais dois carros estacionados no outro lado da praia, colidindo com mais um - afinal, estava na contra mão -, deixou um dos dois carros (que pertencia a um vizinho meu) por cima da calçada completamente amassado.
Pelo que pudemos notar - eu e minha irmã, que agora estava acorda e também assustada - o motorista ficou por um tempo desmaiado por cima do volante, uma vez que a buzina estava disparada, como se algo estivesse a apertando constantemente.
Depois ouvimos dizer que ele estava bêbado, sacou uma arma e ameaçou o rapaz do meu prédio que foi desesperado olhar seu carro. Mas acho que não era um fato muito real, quero dizer, pelo menos sobre a arma...
Apenas vinte minutos depois a CET, os bombeiros e a policia chegaram para dar assistência.
Ouvi minha sobrinha chorar e entrei, minha irmã veio logo atrás. Resolvi não voltar mais para a varanda, mas acho que - por sorte - ninguém se machucou. Isso me deixou mais aliviada.
Só sei que passei um baita SUSTO!
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Comentário:
Notem como funcionam as coisas... Todos os dias morrem milhares de pessoas no mundo por conta de acidente de trânsito, e somente os mais próximos ligam para tal tragédia, mas, quando se trata de um acidente aéreo, é sempre muito mais traumatizante. Quero dizer, o fato de quase trezentas pessoas morrerem juntas em condições tão inevitáveis torna a morte, sem dúvida, cruel demais.
Vejam bem, o acidente com o Airbus da Air France foi tão trágico quanto qualquer outro acidente que dê ensejo à vítimas. Acharam apenas 16 corpos, e isso, é ainda mais triste, pois imagino que os parentes, familiares, amigos, estejam todos arrasados e, pior do que saber da morte de um ente querido, é não ter certeza dessa morte, ou melhor, não ver o corpo morto de seu ente amado. Acontece que quando vemos o corpo morto, nos obrigamos a aceitar que aquilo aconteceu. Mas quando não temos o corpo para lamentar, a esperança fica latente, gritando, explodindo, querendo escapar do peito. O coração bate forte a cada notificação de mais um corpo encontrado, e quando não é o corpo esperado, o coração vai parar na boca, que se controlar para não vomitar toda aquela ansiedade.
É sempre trágico. A perda nunca é boa. Mas com certeza, pior do que a perda, é a esperança que não se acaba, mesmo quando tudo indica que àqueles presentes no vôo não voltarão mais em vida.
Eu sinto, de verdade, por todos aqueles que estavam no vôo AF 447, e sinto igualmente por aqueles que tiveram pedaços de si desmanchados pelo mesmo vôo.
Ontem eu resolvi dormir no sofá da sala, porque eu enjoei de dormir no quarto. Daí eu estava tendo um sonho legal até... mas não lembro dele direito, porque quando deu umas 3 da manhã eu ouvi um barulho MUITO, mas MUITO alto. Sério, muito alto mesmo.
Acordei assustada. Um acidente.
Fui até a varanda para ver, pois pensei logo na minha irmã que tinha saído, mas ela já havia chegado e eu não tinha visto. Continuei na varanda, preocupada, e se alguém estivesse muito ferido?
Em poucos minutos muitas pessoas, surgidas do nada, cercavam o local do acidente. Como se fosse um enxame de abelhas cercando um animal invasor de colméia.
O motorista havia virado em alta velocidade na esquina da minha casa, batera na lateral de três carros estacionados na minha rua, ultrapassou o canteiro da avenida atingindo mais dois carros estacionados no outro lado da praia, colidindo com mais um - afinal, estava na contra mão -, deixou um dos dois carros (que pertencia a um vizinho meu) por cima da calçada completamente amassado.
Pelo que pudemos notar - eu e minha irmã, que agora estava acorda e também assustada - o motorista ficou por um tempo desmaiado por cima do volante, uma vez que a buzina estava disparada, como se algo estivesse a apertando constantemente.
Depois ouvimos dizer que ele estava bêbado, sacou uma arma e ameaçou o rapaz do meu prédio que foi desesperado olhar seu carro. Mas acho que não era um fato muito real, quero dizer, pelo menos sobre a arma...
Apenas vinte minutos depois a CET, os bombeiros e a policia chegaram para dar assistência.
Ouvi minha sobrinha chorar e entrei, minha irmã veio logo atrás. Resolvi não voltar mais para a varanda, mas acho que - por sorte - ninguém se machucou. Isso me deixou mais aliviada.
Só sei que passei um baita SUSTO!
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Comentário:
Notem como funcionam as coisas... Todos os dias morrem milhares de pessoas no mundo por conta de acidente de trânsito, e somente os mais próximos ligam para tal tragédia, mas, quando se trata de um acidente aéreo, é sempre muito mais traumatizante. Quero dizer, o fato de quase trezentas pessoas morrerem juntas em condições tão inevitáveis torna a morte, sem dúvida, cruel demais.
Vejam bem, o acidente com o Airbus da Air France foi tão trágico quanto qualquer outro acidente que dê ensejo à vítimas. Acharam apenas 16 corpos, e isso, é ainda mais triste, pois imagino que os parentes, familiares, amigos, estejam todos arrasados e, pior do que saber da morte de um ente querido, é não ter certeza dessa morte, ou melhor, não ver o corpo morto de seu ente amado. Acontece que quando vemos o corpo morto, nos obrigamos a aceitar que aquilo aconteceu. Mas quando não temos o corpo para lamentar, a esperança fica latente, gritando, explodindo, querendo escapar do peito. O coração bate forte a cada notificação de mais um corpo encontrado, e quando não é o corpo esperado, o coração vai parar na boca, que se controlar para não vomitar toda aquela ansiedade.
É sempre trágico. A perda nunca é boa. Mas com certeza, pior do que a perda, é a esperança que não se acaba, mesmo quando tudo indica que àqueles presentes no vôo não voltarão mais em vida.
Eu sinto, de verdade, por todos aqueles que estavam no vôo AF 447, e sinto igualmente por aqueles que tiveram pedaços de si desmanchados pelo mesmo vôo.