quarta-feira, 4 de março de 2009

Vende-se bom senso à preço de custo!

Postado por Vanessa Kairalla às 3/04/2009 03:24:00 PM
"Tente colocar bom senso na cabeça de um tolo e ele dirá que é tolice."
(Eurípedes)

"O bom senso existia; mas estava escondido, por medo do senso comum." (Alessandro Manzoni)

Eis logo acima duas frases que me agradam nesse exato momento. Ocorre que minha professora de Prática Jurídica Cívil pediu que a classe fizesse em grupos um trabalho sobre "O Sistema de Cotas para Universidades", e adivinhe se eu me irritei com esse tema? Obviamente, ora, com todo o respeito aos que concordam com essa idéia demasiada estúpida de que é necessário - para quebrar o preconceito - a criação de COTAS que facilitem a entrada de negros, pardos, mestiços, pobres e deficientes nas universidades. De certo, alguns devem estar lendo esse primeiro parágrafo pensando que quem necessita de um pouco de bom senso ou eu, mas sei que não preciso e explicarei porque.

A população negra - com razão - se sente (desde sempre) marginalizada e sofredora de grande preconceito, porque de fato era mesmo, mas NUNCA houve preconceito para o ingresso nas universidades, uma vez que no sistema Brasileiro são feitas provas onde não há nenhum tipo de indicação ou analise a não ser a quantidade de conhecimento ou de acertos do candidato. Bom, de qualquer forma, há 121 anos o Brasil aboliu a escravidão e transformou o afro-brasileiro de objeto à ser humano, sem dar nenhum tipo de assistência depois - fato contra a minha revolta eu sei - mas em contra-ponto é visto que no Brasil a falta de apoio educacional não é apenas para os negros, é também à toda a população pobre "Ora Vanessa, mas você disse que o decreto-lei também ampara o pobre, o mestiço, etc...", pois é, ampara mesmo, mas nosso sistema jurídico existe uma hierarquia de leis, sendo a lei suprema a Constituição Federal, e essa mesma lei diz que se ela não discriminar nada nenhuma outra lei poderá discriminar, ou seja, se a Constituição Federal não diz "DEVEM EXISTIR COTAS NAS UNIVERSIDADES PARA A POPULAÇÃO NEGRA, MESTIÇA, POBRE E PARDA", então nenhuma outra lei poderá dizer...

E não é só isso, mais ou menos 63 anos depois do fim da escravidão no Brasil, houve na Africa do Sul - se não me engano - um fenômeno chamado APARTHEID, onde tudo era divido entre os negros e os brancos, os ônibus tinham acentos para negros e para brancos, as ruas eram um lado pra negros outro pra brancos, as escolas ou eram de negros ou eram de brancos, exatamente tudo era dividido, como se uma das duas "raças" - que era claramente a negra, sofrendo mais uma vez preconceito - fosse uma praga. Bom, para o azar da pessoa que instaurou esse regime político bizarro, no mesmo ano (1948 se não me engano)foi criada a Declaração Internacional dos Direitos Humanos que diz que TODOS são iguais e devem agir uns com os outros com espírito de fraternidade. Bom, alguns anos depois -acho que em 1973 ou algo assim - a Europa chocada com o Apartheid (chega a ser engraçado, afinal cerca de 28 anos antes eles haviam sofrido com a presença devastadora do Nazismo Hitlerista praticante de um genocídio assustado, mas isso não vem ao caso) resolveu criar uma CONVENÇÃO DE PUNIÇÃO E SUPRESSÃO DO CRIME DO APARTHEID, e essa convenção diz no seu primeiro artigo que seja para PREJUDICAR ou para BENEFICIAR qualquer "raça", ou seja, as ações afirmativas criadas nos EUA e adaptadas para o Brasil não são apenas inconstitucionais como também uma ofensa à uma Convenção Internacional - que aqui é mais fraca que a constituição obviamente.

De qualquer forma, as únicas cotas que defendo são as cotas para deficientes, pois segundo o princípio da Igualdade (art.5 da CF "caput" e inciso I) nós devemos "tratar desigualmente os desiguais para que possamos igualá-los no plano jurídico", ou seja, exigir que um deficiente tenha a mesma capacidade de uma pessoa considerada dentro dos padrões de normalidade é querer demais, mas virar pra mim e dizer que o negro não se iguala ao branco e por isso precisa de cotas é simplesmente revoltante, é tão preconceituoso quanto tratar os negros como objetos - como era feito na escravidão - pois dizer para minha pessoa que eles estão marginalizados e por isso merecem tratamento especial é cuspir e pisotear o bom senso.

E o pior, eles pedem 'CHEGA DE RACISMO! CHEGA DE PRECONCEITO' mas vestem a camisa de "sabemos menos que vocês, nos deêm cotas" é simplesmente se desdizer... para mim, o sistema de cotas universitárias não passa de mais uma política "cala boca" do governo, é mais uma forma de fazer as pessoas esquecerem que era pro ensino fundamental e ginasial estar em ótimas condições... ora pra que bom ensino médio se eu sou da cota universitária né?!

Desculpem, mas esse trabalho me irritou demais! Precisava desabafar hahaaha
Juro que não falarei mais de Direito :D

Vende-se bom senso à preço de custo!

"Tente colocar bom senso na cabeça de um tolo e ele dirá que é tolice."
(Eurípedes)

"O bom senso existia; mas estava escondido, por medo do senso comum." (Alessandro Manzoni)

Eis logo acima duas frases que me agradam nesse exato momento. Ocorre que minha professora de Prática Jurídica Cívil pediu que a classe fizesse em grupos um trabalho sobre "O Sistema de Cotas para Universidades", e adivinhe se eu me irritei com esse tema? Obviamente, ora, com todo o respeito aos que concordam com essa idéia demasiada estúpida de que é necessário - para quebrar o preconceito - a criação de COTAS que facilitem a entrada de negros, pardos, mestiços, pobres e deficientes nas universidades. De certo, alguns devem estar lendo esse primeiro parágrafo pensando que quem necessita de um pouco de bom senso ou eu, mas sei que não preciso e explicarei porque.

A população negra - com razão - se sente (desde sempre) marginalizada e sofredora de grande preconceito, porque de fato era mesmo, mas NUNCA houve preconceito para o ingresso nas universidades, uma vez que no sistema Brasileiro são feitas provas onde não há nenhum tipo de indicação ou analise a não ser a quantidade de conhecimento ou de acertos do candidato. Bom, de qualquer forma, há 121 anos o Brasil aboliu a escravidão e transformou o afro-brasileiro de objeto à ser humano, sem dar nenhum tipo de assistência depois - fato contra a minha revolta eu sei - mas em contra-ponto é visto que no Brasil a falta de apoio educacional não é apenas para os negros, é também à toda a população pobre "Ora Vanessa, mas você disse que o decreto-lei também ampara o pobre, o mestiço, etc...", pois é, ampara mesmo, mas nosso sistema jurídico existe uma hierarquia de leis, sendo a lei suprema a Constituição Federal, e essa mesma lei diz que se ela não discriminar nada nenhuma outra lei poderá discriminar, ou seja, se a Constituição Federal não diz "DEVEM EXISTIR COTAS NAS UNIVERSIDADES PARA A POPULAÇÃO NEGRA, MESTIÇA, POBRE E PARDA", então nenhuma outra lei poderá dizer...

E não é só isso, mais ou menos 63 anos depois do fim da escravidão no Brasil, houve na Africa do Sul - se não me engano - um fenômeno chamado APARTHEID, onde tudo era divido entre os negros e os brancos, os ônibus tinham acentos para negros e para brancos, as ruas eram um lado pra negros outro pra brancos, as escolas ou eram de negros ou eram de brancos, exatamente tudo era dividido, como se uma das duas "raças" - que era claramente a negra, sofrendo mais uma vez preconceito - fosse uma praga. Bom, para o azar da pessoa que instaurou esse regime político bizarro, no mesmo ano (1948 se não me engano)foi criada a Declaração Internacional dos Direitos Humanos que diz que TODOS são iguais e devem agir uns com os outros com espírito de fraternidade. Bom, alguns anos depois -acho que em 1973 ou algo assim - a Europa chocada com o Apartheid (chega a ser engraçado, afinal cerca de 28 anos antes eles haviam sofrido com a presença devastadora do Nazismo Hitlerista praticante de um genocídio assustado, mas isso não vem ao caso) resolveu criar uma CONVENÇÃO DE PUNIÇÃO E SUPRESSÃO DO CRIME DO APARTHEID, e essa convenção diz no seu primeiro artigo que seja para PREJUDICAR ou para BENEFICIAR qualquer "raça", ou seja, as ações afirmativas criadas nos EUA e adaptadas para o Brasil não são apenas inconstitucionais como também uma ofensa à uma Convenção Internacional - que aqui é mais fraca que a constituição obviamente.

De qualquer forma, as únicas cotas que defendo são as cotas para deficientes, pois segundo o princípio da Igualdade (art.5 da CF "caput" e inciso I) nós devemos "tratar desigualmente os desiguais para que possamos igualá-los no plano jurídico", ou seja, exigir que um deficiente tenha a mesma capacidade de uma pessoa considerada dentro dos padrões de normalidade é querer demais, mas virar pra mim e dizer que o negro não se iguala ao branco e por isso precisa de cotas é simplesmente revoltante, é tão preconceituoso quanto tratar os negros como objetos - como era feito na escravidão - pois dizer para minha pessoa que eles estão marginalizados e por isso merecem tratamento especial é cuspir e pisotear o bom senso.

E o pior, eles pedem 'CHEGA DE RACISMO! CHEGA DE PRECONCEITO' mas vestem a camisa de "sabemos menos que vocês, nos deêm cotas" é simplesmente se desdizer... para mim, o sistema de cotas universitárias não passa de mais uma política "cala boca" do governo, é mais uma forma de fazer as pessoas esquecerem que era pro ensino fundamental e ginasial estar em ótimas condições... ora pra que bom ensino médio se eu sou da cota universitária né?!

Desculpem, mas esse trabalho me irritou demais! Precisava desabafar hahaaha
Juro que não falarei mais de Direito :D
 

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