segunda-feira, 29 de março de 2010

Muito bom, muito bom! ¬¬

Postado por Vanessa Kairalla às 3/29/2010 06:50:00 PM
Já dizia minha avó "Reclamações rendem uma conversa".

Gente, JURO por tudo que eu sou paciente. Grossa, mas paciente. Eu espero as pessoas por horas, eu atendo gente surda no telefone e repito zilhões de vezes até entender, eu até me ponho a disposição de pessoas mal humoradas para que elas possam desabafar e xingar... mas se tem uma coisa que me tira do sério é CENTRAL DE ATENDIMENTO.

Cara, fala pra mim, afinal, para que RAIOS esse cargo existe? Isso não é uma profissão, juro que não.

Em primeiro lugar, eles nunca resolvem o seu problema!
Se você tem tv à cabo e o sinal está ruim, não ligue para a central, porque além de não arrumarem a tv ainda zoam o sinal da sua internet.
Se você tem telefone celular e estão te cobrando ligações para cidade vizinha, não liguem para a central, porque além das ligações para as cidades vizinhas eles vão começar a cobrar ligações para outro país.

É simples assim:
Você, como todo bom cidadão, paga para receber alguns serviços que considera essenciais ou úteis para sua vida. De repente, assim, de uma hora para outra, os serviços, pelos quais você paga, começam a falhar. Você liga, afinal de contas você tem direitos, e a única coisa que a maldita central de atendimentos pode fazer por você é pagar alguém para ficar dando opções de tecla, e mais outra pessoa para te dizer que "SENHORA! A SENHORA NÃO ESTÁ ENTENDENDO..."

Sabem, um dia eu liguei na VIVO, porque eu havia posto crédito no meu celular e demorou uns três dias pra porcaria do crédito entrar. Anyway, eu fiquei tanto, MAS TANTO tempo com a musiquinha na minha orelha que chegou uma hora que eu estava quase em transe. Daí o tédio que me consumia com os meus 10 minutos de espera (sim! DEZ MINUTOS!) me levou a renomear os serviços.
Ficou mais ou mesmo assim:
"Boa tarde! Bem vindo a central de atendimento vivo, se você quer pagar para não receber seus créditos digite 1. Se você quer conhecer os nossos 'serviçosquenãofuncionarãodireito' digite 2. Se você deseja informar que um assaltante bondoso te livrou dos nossos serviços roubando o seu celular, digite 3. Se você deseja saber que OBVIAMENTE seus créditos acabaram porque você mandou 2 mensagens digite 4. Agora, se você é louco, imbecil ou masoquista, e deseja falar com um dos nossos atendentes que não irão resolver seus problemas, digite 9."

Bem, eu era a louca, imbecil, masoquista que desejava falar com os atendentes que não resolveram meus problemas, então apertei 9. A maldita voz eletrônica voltou e, na minha mente, disse:
"Parabéns! Você irá cometer um suicídio em breve! Estamos transferindo a sua ligação."

Passaram, novamente, mais 10 - infindáveis - minutos. E a atendente disse um - nada simpático - "ALÔ! SENHORA VANESSA, BOA TARDE, MEU NOME CLEIDEUSVÂNIA*, EM QUE POSSO AJUDÁ-LA?"
*Nome ficticio.

Bom, vocês sabem que a gente fica tão puto com a demora pra ser atendido que a gente já atende soltando os cachorros nos pobres coitados dos atendentes, mais eu tentei ser educada, e respondi:
"BOA TARDE É UMA OVA! TÔ ESPERANDO 20 MINUTOS PARA SER ATENDIDA! POIS BEM, COLOQUEI 40 REAIS DE CRÉDITO ANTEONTEM E ATÉ AGORA NADA! EU QUERO LIGAR PRO MEU PAI, PRA MINHA MÃE, PRO PAPA E NÃO POSSO PORQUE, MAIS UMA VEZ, A VIVO ME F**** E NÃO DEU BAIXA NOS MEUS CRÉDITOS!"

Daí a menina, que fica sem graça diante de uma pessoa tão barraqueira quanto eu, responde: "Entendo, senhora Vanessa, eu vou precisar de alguns dados... a senhora pode confirmar para mim?"

E assim vai caminhando a conversa.
Bom, eu só sei que eu passei quase DUAS horas e ninguém resolveu meu problema! E o pior, esses mal amados supõe que você seja uma bolhinha de ping-pong e ficando te passando pra lá, pra cá, pra lá, pra cá, e no fim das contas nunca é com NENHUM deles!
Não contentes com isso, eles ainda dizem que não estamos entendendo, que não podem fazer nada, que não depende deles... PUTA! ESSA MATA! Não depende deles! DEPENDE DE QUEM ENTÃO FILHO? DA XUXA? Po meu! Sério, os consumidores SÓ parecem retardados sabe!?
E, pra completar eles te passam uma merda de protocolo que, quando você liga lá denovo, eles não sabem do que se trata! CARA! Sé o protocolo é só pra dizer que você ligou NÃO PRECISA! Você mesmo diz!

Ai, deixa pra lá!
Quer saber de uma coisa?! Se você estiver em iminência de suicídio não fale com um atendente da central da Vivo!

Estressada? Eu? NUNCA! uhauhauhauhauhauha

sexta-feira, 26 de março de 2010

A regra é POLEMIZAR!

Postado por Vanessa Kairalla às 3/26/2010 11:11:00 AM
Pois bem, antes de um comentário - única e exclusivamente - meu de que este pobre blog está mais que abandonado, vale lembrar que as justificativas estão no esforço infindável, de minha parte, pela boa apresentação do meu - não tão brilhante, porém esforçado - TCC.

Agora, caminhando ao que interessa, meu post de hoje surgiu de um ataque súbito de, incontrolável, raiva que senti ontem enquanto minha mãe preparava uma (deliciosa) torta. Ocorre que - por descuido - não sabíamos onde estava o controle da televisão da cozinha (não estranhem, mas na minha casa tem televisão na cozinha, onde minha mãe passa a maior parte do dia - agora deu pra entender o real motivo para essa minha bela forma redonda) e ficou num canal, não sei exatamente qual, onde estava passando a tal da SILVIA POPOVIC.
Em princípio eu não liguei, pois estava lendo alguns livros para o meu TCC, até que de repente se tocou no caso mais falado nesta semana: O JULGAMENTO DO CASO ISABELLA NARDONI. O começo da matéria estava comum: a apresentadora conversando com um repórter que estava esperando do lado de fora do fórum de Santana; parei de ler por algum tempo e comecei a dar atenção à matéria. No meio da conversa a tal Silvia Popovic chamou para se juntar a conversa o jornalista Marcelo Rezende, e foi aí que começou a minha crise nervosa.
Primeiramente, deixo claro não ter nada contra o jornalista, a apresentadora ou a emissora, afinal, todos precisam trabalhar, mas peço ENCARECIDAMENTE que TODOS – sem exceções – TODOS os jornalistas pensem e estudem antes de falar com o público. Eis que, a televisão é uma máquina PODEROSISSÍMA e, portanto, deve ser utilizada com cuidado. Pois bem, o jornalista começou a falar, ou melhor, a POLEMIZAR, pois hoje em dia tudo, exatamente tudo, é polemizado, talvez porque isso traga mais IBOPE, não sei (olhem, não me achem fria, pois de fato não sou, é só que – por mais triste que seja o caso – existem outras milhões de morte igualmente ruins e que não são sequer comentadas), bem, o jornalista começou a falar e indagar por que manter a mãe da menina lá, por que não filmar o caso e transmitir pela televisão, e outras dezenas de por quês, os quais – com certeza – ele não pensou antes de dizer.
Vejam bem, porque manter a mãe da menina no local, de fato, não tem motivo, isso ele está coberto de razão. Agora, porque não televisionar é uma pergunta tão cretina, por assim dizer, que não sei nem se merecia a minha resposta.
Antes de tudo, todos sabem que – salvo os processos que são segredos de justiça, obviamente – os processos são públicos, ou seja, todo e qualquer um do povo pode ver o processo e acompanhar. Da mesma forma são os júris, de modo que, qualquer pessoa pode ir até o fórum para assistir um júri, mas – certamente – em casos onde há grande repercussão fica inviável, para não dizer impossível, acomodar todos os interessados em assistir a sessão de júri. É importante lembrar, também, que só vão para júri popular os casos em que se trata de crimes dolosos contra a vida, simplificando, só vão para júri os casos onde alguém comete ato criminoso, agindo por vontade, contra a vida de outrem.
O caso de Isabella Nardoni é dos que tiveram grande repercussão, pois os indícios demonstram serem os responsáveis pelo crime, pai e madrasta, e mais, atentam os peritos que, por motivo torpe (ou seja, por besteira) e com alguns requintes de crueldade e frieza. Não vou defendê-los, tampouco acusá-los, embora minha opinião esteja formada, pois, como disse antes, trata-se de indícios, de modo que a acareação, a avaliação destes indícios terá de ser feitas pelo júri. Mas, vale lembrar, que no Direito Penal Brasileiro existe um princípio chamado de "in dubio pro reo", que vem a ser "na dúvida em favor do réu", acontece que - no direito brasileiro - enquanto estiver na fase de inquérito policial, onde se fazem as investigações, coletas de provas, evidências e indicação de suspeitos, prevalece o princípio do "in dubio pro societat", ou seja, se existir dúvida sobre o crime ter existido ou não a dúvida será em favor da sociedade, de forma a abrir um processo para avaliar a situação, mas, ao chegar à fase do julgamento, se ainda houver quaisquer dúvidas sobre a autoria do crime, se ainda não for possível dizer com certeza de que aquela pessoa foi quem praticou o crime, daí então a dúvida restará em favor do réu, pois - dizem alguns - que é melhor livrar um culpado que punir um inocente.
Por isso, não é possível televisionar o julgamento, primeiro porque a população não é racional, digo, age por instinto, emoção, de modo que, dependendo de como ocorressem às coisas, haveria uma comoção em âmbito nacional, estariam correndo risco os réus, o juiz, os jurados, o promotor e, acima de todos, o advogado da defesa, pois a população não pensaria duas vezes antes de atirar pedras no "pilantra que defende os culpados", tanto é que, mesmo sem televisionar, o advogado dos réus levou um chute ontem na porta do fórum de Santana, mesmo estando policiada.
Aliás, é por esse tipo de ação instintiva que é feito o júri. O júri nada mais é que a voz e a vontade do povo sendo transmitida ao juiz para que ele condene ou não, ao juiz, neste tipo de caso, só cabe a aplicação e a dosagem da pena, a decisão de condenação é única e exclusiva dos jurados.
Domais, também é importante lembrar que o advogado da defesa não está ali para livrar da condenação os culpados, mas sim, para exigir que se aplique a pena cabível, nem mais, nem menos.
Até porque, geralmente, os jurados – assim como a população – não entendem sobre o direito em si, faz algum idéia, mas não entende ou não sabe, afinal, são também do povo, de forma que é genuína essa transmissão da vontade da população, dispensando essa balburdia desnecessária à porta do fórum. Aliás, como dito supra, o processo é público, ao sair à sentença todos que quiserem poderão ler. Não é como se, por estarem presentes na sessão do júri, pudessem mudar o resultado. A decisão do júri é absoluta, e mais, é secreto, de modo a não alienar os jurados, muito menos deixar que se sintam coagidos.
Sem contar que se todos os que quisessem assistir o júri estivessem presentes a organização seria fortemente abalada, de modo a desconcentrar os jurados e também o juiz, fazendo assim os detalhes se perderem com facilidade entre as explicações, favorecendo, injustamente, uma das partes, seja a acusação através do Ministério Público, seja a defesa – afinal, trata-se de um caso riquíssimo em detalhes.
Outra coisa que acho importante dizer, é que por mais culpados e odiosos que sejam os acusados, não é certo que se façam polêmicas estrondosas de um caso triste como esse, não apenas em respeito à vitima que era apenas uma criança, mas também em respeito a mãe, familiares e amigos da vítima e, acima de tudo, da própria sociedade. Afinal, ninguém gostaria de ter a dor de sua perda assim sensacionalizada ou polemizada, se trata de um motivo para o luto e não para o alvoroço. Ao menos, é assim que eu penso.


Bom, é mais um texto confuso e mal escrito, como nos bons e velhos tempos.

Muito bom, muito bom! ¬¬

Já dizia minha avó "Reclamações rendem uma conversa".

Gente, JURO por tudo que eu sou paciente. Grossa, mas paciente. Eu espero as pessoas por horas, eu atendo gente surda no telefone e repito zilhões de vezes até entender, eu até me ponho a disposição de pessoas mal humoradas para que elas possam desabafar e xingar... mas se tem uma coisa que me tira do sério é CENTRAL DE ATENDIMENTO.

Cara, fala pra mim, afinal, para que RAIOS esse cargo existe? Isso não é uma profissão, juro que não.

Em primeiro lugar, eles nunca resolvem o seu problema!
Se você tem tv à cabo e o sinal está ruim, não ligue para a central, porque além de não arrumarem a tv ainda zoam o sinal da sua internet.
Se você tem telefone celular e estão te cobrando ligações para cidade vizinha, não liguem para a central, porque além das ligações para as cidades vizinhas eles vão começar a cobrar ligações para outro país.

É simples assim:
Você, como todo bom cidadão, paga para receber alguns serviços que considera essenciais ou úteis para sua vida. De repente, assim, de uma hora para outra, os serviços, pelos quais você paga, começam a falhar. Você liga, afinal de contas você tem direitos, e a única coisa que a maldita central de atendimentos pode fazer por você é pagar alguém para ficar dando opções de tecla, e mais outra pessoa para te dizer que "SENHORA! A SENHORA NÃO ESTÁ ENTENDENDO..."

Sabem, um dia eu liguei na VIVO, porque eu havia posto crédito no meu celular e demorou uns três dias pra porcaria do crédito entrar. Anyway, eu fiquei tanto, MAS TANTO tempo com a musiquinha na minha orelha que chegou uma hora que eu estava quase em transe. Daí o tédio que me consumia com os meus 10 minutos de espera (sim! DEZ MINUTOS!) me levou a renomear os serviços.
Ficou mais ou mesmo assim:
"Boa tarde! Bem vindo a central de atendimento vivo, se você quer pagar para não receber seus créditos digite 1. Se você quer conhecer os nossos 'serviçosquenãofuncionarãodireito' digite 2. Se você deseja informar que um assaltante bondoso te livrou dos nossos serviços roubando o seu celular, digite 3. Se você deseja saber que OBVIAMENTE seus créditos acabaram porque você mandou 2 mensagens digite 4. Agora, se você é louco, imbecil ou masoquista, e deseja falar com um dos nossos atendentes que não irão resolver seus problemas, digite 9."

Bem, eu era a louca, imbecil, masoquista que desejava falar com os atendentes que não resolveram meus problemas, então apertei 9. A maldita voz eletrônica voltou e, na minha mente, disse:
"Parabéns! Você irá cometer um suicídio em breve! Estamos transferindo a sua ligação."

Passaram, novamente, mais 10 - infindáveis - minutos. E a atendente disse um - nada simpático - "ALÔ! SENHORA VANESSA, BOA TARDE, MEU NOME CLEIDEUSVÂNIA*, EM QUE POSSO AJUDÁ-LA?"
*Nome ficticio.

Bom, vocês sabem que a gente fica tão puto com a demora pra ser atendido que a gente já atende soltando os cachorros nos pobres coitados dos atendentes, mais eu tentei ser educada, e respondi:
"BOA TARDE É UMA OVA! TÔ ESPERANDO 20 MINUTOS PARA SER ATENDIDA! POIS BEM, COLOQUEI 40 REAIS DE CRÉDITO ANTEONTEM E ATÉ AGORA NADA! EU QUERO LIGAR PRO MEU PAI, PRA MINHA MÃE, PRO PAPA E NÃO POSSO PORQUE, MAIS UMA VEZ, A VIVO ME F**** E NÃO DEU BAIXA NOS MEUS CRÉDITOS!"

Daí a menina, que fica sem graça diante de uma pessoa tão barraqueira quanto eu, responde: "Entendo, senhora Vanessa, eu vou precisar de alguns dados... a senhora pode confirmar para mim?"

E assim vai caminhando a conversa.
Bom, eu só sei que eu passei quase DUAS horas e ninguém resolveu meu problema! E o pior, esses mal amados supõe que você seja uma bolhinha de ping-pong e ficando te passando pra lá, pra cá, pra lá, pra cá, e no fim das contas nunca é com NENHUM deles!
Não contentes com isso, eles ainda dizem que não estamos entendendo, que não podem fazer nada, que não depende deles... PUTA! ESSA MATA! Não depende deles! DEPENDE DE QUEM ENTÃO FILHO? DA XUXA? Po meu! Sério, os consumidores SÓ parecem retardados sabe!?
E, pra completar eles te passam uma merda de protocolo que, quando você liga lá denovo, eles não sabem do que se trata! CARA! Sé o protocolo é só pra dizer que você ligou NÃO PRECISA! Você mesmo diz!

Ai, deixa pra lá!
Quer saber de uma coisa?! Se você estiver em iminência de suicídio não fale com um atendente da central da Vivo!

Estressada? Eu? NUNCA! uhauhauhauhauhauha

A regra é POLEMIZAR!

Pois bem, antes de um comentário - única e exclusivamente - meu de que este pobre blog está mais que abandonado, vale lembrar que as justificativas estão no esforço infindável, de minha parte, pela boa apresentação do meu - não tão brilhante, porém esforçado - TCC.

Agora, caminhando ao que interessa, meu post de hoje surgiu de um ataque súbito de, incontrolável, raiva que senti ontem enquanto minha mãe preparava uma (deliciosa) torta. Ocorre que - por descuido - não sabíamos onde estava o controle da televisão da cozinha (não estranhem, mas na minha casa tem televisão na cozinha, onde minha mãe passa a maior parte do dia - agora deu pra entender o real motivo para essa minha bela forma redonda) e ficou num canal, não sei exatamente qual, onde estava passando a tal da SILVIA POPOVIC.
Em princípio eu não liguei, pois estava lendo alguns livros para o meu TCC, até que de repente se tocou no caso mais falado nesta semana: O JULGAMENTO DO CASO ISABELLA NARDONI. O começo da matéria estava comum: a apresentadora conversando com um repórter que estava esperando do lado de fora do fórum de Santana; parei de ler por algum tempo e comecei a dar atenção à matéria. No meio da conversa a tal Silvia Popovic chamou para se juntar a conversa o jornalista Marcelo Rezende, e foi aí que começou a minha crise nervosa.
Primeiramente, deixo claro não ter nada contra o jornalista, a apresentadora ou a emissora, afinal, todos precisam trabalhar, mas peço ENCARECIDAMENTE que TODOS – sem exceções – TODOS os jornalistas pensem e estudem antes de falar com o público. Eis que, a televisão é uma máquina PODEROSISSÍMA e, portanto, deve ser utilizada com cuidado. Pois bem, o jornalista começou a falar, ou melhor, a POLEMIZAR, pois hoje em dia tudo, exatamente tudo, é polemizado, talvez porque isso traga mais IBOPE, não sei (olhem, não me achem fria, pois de fato não sou, é só que – por mais triste que seja o caso – existem outras milhões de morte igualmente ruins e que não são sequer comentadas), bem, o jornalista começou a falar e indagar por que manter a mãe da menina lá, por que não filmar o caso e transmitir pela televisão, e outras dezenas de por quês, os quais – com certeza – ele não pensou antes de dizer.
Vejam bem, porque manter a mãe da menina no local, de fato, não tem motivo, isso ele está coberto de razão. Agora, porque não televisionar é uma pergunta tão cretina, por assim dizer, que não sei nem se merecia a minha resposta.
Antes de tudo, todos sabem que – salvo os processos que são segredos de justiça, obviamente – os processos são públicos, ou seja, todo e qualquer um do povo pode ver o processo e acompanhar. Da mesma forma são os júris, de modo que, qualquer pessoa pode ir até o fórum para assistir um júri, mas – certamente – em casos onde há grande repercussão fica inviável, para não dizer impossível, acomodar todos os interessados em assistir a sessão de júri. É importante lembrar, também, que só vão para júri popular os casos em que se trata de crimes dolosos contra a vida, simplificando, só vão para júri os casos onde alguém comete ato criminoso, agindo por vontade, contra a vida de outrem.
O caso de Isabella Nardoni é dos que tiveram grande repercussão, pois os indícios demonstram serem os responsáveis pelo crime, pai e madrasta, e mais, atentam os peritos que, por motivo torpe (ou seja, por besteira) e com alguns requintes de crueldade e frieza. Não vou defendê-los, tampouco acusá-los, embora minha opinião esteja formada, pois, como disse antes, trata-se de indícios, de modo que a acareação, a avaliação destes indícios terá de ser feitas pelo júri. Mas, vale lembrar, que no Direito Penal Brasileiro existe um princípio chamado de "in dubio pro reo", que vem a ser "na dúvida em favor do réu", acontece que - no direito brasileiro - enquanto estiver na fase de inquérito policial, onde se fazem as investigações, coletas de provas, evidências e indicação de suspeitos, prevalece o princípio do "in dubio pro societat", ou seja, se existir dúvida sobre o crime ter existido ou não a dúvida será em favor da sociedade, de forma a abrir um processo para avaliar a situação, mas, ao chegar à fase do julgamento, se ainda houver quaisquer dúvidas sobre a autoria do crime, se ainda não for possível dizer com certeza de que aquela pessoa foi quem praticou o crime, daí então a dúvida restará em favor do réu, pois - dizem alguns - que é melhor livrar um culpado que punir um inocente.
Por isso, não é possível televisionar o julgamento, primeiro porque a população não é racional, digo, age por instinto, emoção, de modo que, dependendo de como ocorressem às coisas, haveria uma comoção em âmbito nacional, estariam correndo risco os réus, o juiz, os jurados, o promotor e, acima de todos, o advogado da defesa, pois a população não pensaria duas vezes antes de atirar pedras no "pilantra que defende os culpados", tanto é que, mesmo sem televisionar, o advogado dos réus levou um chute ontem na porta do fórum de Santana, mesmo estando policiada.
Aliás, é por esse tipo de ação instintiva que é feito o júri. O júri nada mais é que a voz e a vontade do povo sendo transmitida ao juiz para que ele condene ou não, ao juiz, neste tipo de caso, só cabe a aplicação e a dosagem da pena, a decisão de condenação é única e exclusiva dos jurados.
Domais, também é importante lembrar que o advogado da defesa não está ali para livrar da condenação os culpados, mas sim, para exigir que se aplique a pena cabível, nem mais, nem menos.
Até porque, geralmente, os jurados – assim como a população – não entendem sobre o direito em si, faz algum idéia, mas não entende ou não sabe, afinal, são também do povo, de forma que é genuína essa transmissão da vontade da população, dispensando essa balburdia desnecessária à porta do fórum. Aliás, como dito supra, o processo é público, ao sair à sentença todos que quiserem poderão ler. Não é como se, por estarem presentes na sessão do júri, pudessem mudar o resultado. A decisão do júri é absoluta, e mais, é secreto, de modo a não alienar os jurados, muito menos deixar que se sintam coagidos.
Sem contar que se todos os que quisessem assistir o júri estivessem presentes a organização seria fortemente abalada, de modo a desconcentrar os jurados e também o juiz, fazendo assim os detalhes se perderem com facilidade entre as explicações, favorecendo, injustamente, uma das partes, seja a acusação através do Ministério Público, seja a defesa – afinal, trata-se de um caso riquíssimo em detalhes.
Outra coisa que acho importante dizer, é que por mais culpados e odiosos que sejam os acusados, não é certo que se façam polêmicas estrondosas de um caso triste como esse, não apenas em respeito à vitima que era apenas uma criança, mas também em respeito a mãe, familiares e amigos da vítima e, acima de tudo, da própria sociedade. Afinal, ninguém gostaria de ter a dor de sua perda assim sensacionalizada ou polemizada, se trata de um motivo para o luto e não para o alvoroço. Ao menos, é assim que eu penso.


Bom, é mais um texto confuso e mal escrito, como nos bons e velhos tempos.
 

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