terça-feira, 14 de julho de 2009

Desmontando a peça teatral em que protagonizo minha própria desgraça...

Postado por Vanessa Kairalla às 7/14/2009 10:35:00 PM
Não se assemelham em nada. Não a mim! Não aos meus sonhos, desejos, anseios, vontades, assim, tão mundanos.
Não digo, nem sequer penso que são – também – superiores, pois de fato, para mim, não são. Mas há de ser comentado aos surdos ouvidos dos ignorantes, o quão prazeroso é aos racionais órgãos humanos, estar presente entre os geniais murmúrios daqueles que tem os lábios ressecados pelo tempo.
É uma experiência absurda por si, e dói a fundo naquela parte da alma que não sabe se convencer da anormalidade essencial da inteligência. O estranhamento do comum se torna, novamente, de muito mal grado, e aqueles anos de saber acumulados em tão pouca mente gritando pelas grandes controvérsias de tão pequenos e – aparentemente inofensivos – dilemas, e sussurram a simplicidade de imensos enigmas, subitamente dissolve o aroma doce da intelectualidade.
E tudo isso, toda essa imensidão de intelecto, não se mistura, não se toca, não tange aos menores, como eu. Nada daquilo é meu, nem eu pertenço a nada daquilo. Simplesmente não me alcança. É como se a ausência me tornasse maior que tudo isso, e menor que eu mesma.
É como se todo esse excesso fosse à aurora boreal que ilumina o pobre céu ártico da minha lúcida ignorância, que me permitia o luxo de imaginar o ar gélido e amargo da arrogância que vinha de cada palavra dita, a escuridão do meu desconhecimento que consumia tudo ao meu redor, tornando pleno o breu da noite, e por fim, tinha a macia neve, que me consolava – esta era em parte eu, e em parte o mundo que conspirava a meu favor.
As alucinações, desde então, se intensificaram, ficaram constantes, e agora povoam a minha mente, me impulsionando a – quem sabe um dia – vir a ser um deles, pois disse uma vez Clarice Lispector em sua obra A Hora da Estrela “Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam”. E nela, eu mesma acredito.

Desmontando a peça teatral em que protagonizo minha própria desgraça...

Não se assemelham em nada. Não a mim! Não aos meus sonhos, desejos, anseios, vontades, assim, tão mundanos.
Não digo, nem sequer penso que são – também – superiores, pois de fato, para mim, não são. Mas há de ser comentado aos surdos ouvidos dos ignorantes, o quão prazeroso é aos racionais órgãos humanos, estar presente entre os geniais murmúrios daqueles que tem os lábios ressecados pelo tempo.
É uma experiência absurda por si, e dói a fundo naquela parte da alma que não sabe se convencer da anormalidade essencial da inteligência. O estranhamento do comum se torna, novamente, de muito mal grado, e aqueles anos de saber acumulados em tão pouca mente gritando pelas grandes controvérsias de tão pequenos e – aparentemente inofensivos – dilemas, e sussurram a simplicidade de imensos enigmas, subitamente dissolve o aroma doce da intelectualidade.
E tudo isso, toda essa imensidão de intelecto, não se mistura, não se toca, não tange aos menores, como eu. Nada daquilo é meu, nem eu pertenço a nada daquilo. Simplesmente não me alcança. É como se a ausência me tornasse maior que tudo isso, e menor que eu mesma.
É como se todo esse excesso fosse à aurora boreal que ilumina o pobre céu ártico da minha lúcida ignorância, que me permitia o luxo de imaginar o ar gélido e amargo da arrogância que vinha de cada palavra dita, a escuridão do meu desconhecimento que consumia tudo ao meu redor, tornando pleno o breu da noite, e por fim, tinha a macia neve, que me consolava – esta era em parte eu, e em parte o mundo que conspirava a meu favor.
As alucinações, desde então, se intensificaram, ficaram constantes, e agora povoam a minha mente, me impulsionando a – quem sabe um dia – vir a ser um deles, pois disse uma vez Clarice Lispector em sua obra A Hora da Estrela “Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam”. E nela, eu mesma acredito.
 

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