segunda-feira, 8 de junho de 2009

Trechos.

Postado por Vanessa Kairalla às 6/08/2009 02:36:00 PM
Lembram? Estou tentando escrever um livro.
Não está bom, sei que não. Mas estou caminhando. Resolvi separar em capítulos, para me ajudar a não confundir demais ao longo das páginas. Aliás, tem apenas um capítulo e meio pronto.

Vou colocar o começo do segundo capítulo, por favor, me corrijam, me dêem idéias, dicas e se estiver chato demais, me mandem parar! Obrigada :D

"II- CAINDO NA TEIA DOS SONHOS.

Estava abafado demais para permanecer dentro da tenda do circo itinerante, foi assim que decidiu se esgueirar até a porta em busca de ar fresco. A cada passo em direção a porta Abigail crescia mais e mais, e quando finalmente chegava ao lado de fora estava tão alta que precisava se agachar para passar pelas árvores cobertas de flores, algo que parecia não lhe importar. O calor só parecia aumentar, mesmo agora que estava do lado de fora, longe daquela lona grossa e pesada, então continuou a buscar um local mais fresco e arejado para recostar.

Foi, então, para debaixo de um imenso arco-íris que faiscava suas cores fortes e brilhantes no céu. Sentou ao lado de um pequeno pote dourado que reluzia – tão forte que parecia cegá-la – admirando sua bela vista do arco-íris flamejante no céu, Abigail então segurou um gravetinho – minúsculo em sua mão – e começou a arrastar pequenas nuvens, contornando-as, moldando-as, as fazendo parecer o que quisesse. Ora um coelho, ora uma caveira, da maneira que bem entendia ela brincava com aqueles pequenos pedaços de algodão.

– Mademoiselle! Está na hora – vinha gritando um palhaço desajeitado chamando a atenção de Abigail, que não fazia idéia do que se tratava.

– Hora? Hora de que? – perguntava a menina sem saber o que deveria fazer.

– Não seja tola mademoiselle! Está na hora da apresentação, vamos daminha! – dizia o palhaço fazendo estripulias.

O corpinho cheio e macio de Abigail levantou-se sem que seu cérebro o mandasse fazê-lo, e com apenas dois passos estava posta ao lado do – agora irritante – palhaço. Seu corpo movia-se sem que ela quisesse e em instantes a levara para uma parte do picadeiro onde o sol não a alcançava, e agora estava em seu tamanho normal. De repente duas mulheres ridiculamente lindas entraram e começaram a ajeitá-la para o espetáculo que ocorreria em um breve espaço de tempo. Antes que pudesse perceber estava maquiada, com roupas dignas de uma rainha, seu vestidinho era de seda branca, tão macia que tocava delicado sua pela tomada de feridinhas próprias de quem aprontava demais.

“Respeitável público!”, ouvia o Mestre de Cerimônia apresentando o próximo espetáculo enquanto era empurrada por entre os meios da lona escura e mal cheirosa que dividia o picadeiro.

– Onde estão me levando? O que devo fazer? Esperem! Estão me confundindo! – esbravejava Abigail que tinha seu corpo totalmente desvencilhado de seu cérebro.

Enquanto caminhava Abigail sentia uma sensação terrivelmente única, seu corpo vibrava de uma felicidade cruel, mas sua cabeça chorava de dor e tristeza, como se ela soubesse que o corpinho miúdo e infantil de Abigail estava a levando para um caminho sofrido e sem volta. Era como se fossem independentes, a cabeça era sensata, prudente, já o corpo era moleque, despreocupado e completamente impulsivo, e um não ligava para o outro. Como se o corpo ansiasse por aventura, enquanto a cabeça implorava pela sabedoria e cautela.

– Para onde vou? O que devo fazer? – perguntava tão confusa com a explosão de perguntas que sua cabeça formulava que mal sabia quando era sua boca e quando era sua mente falando.

– Vamos depressa daminha! A mademoiselle não pode se atrasar! Todos a esperam! Vamos, vamos! – diziam as duas mulheres que a ajudaram a se ornar.

Não demorou até que Abigail chegasse ao centro do palco redondo onde havia uma grande poltrona tão branca quanto seu impecável vestidinho de seda indiana, era acolchoada e revestida dum veludo macio, parecido com a pelugem de um leão albino. Quando se aproximou da poltrona pode ouvir os murmúrios inquietantes da platéia alvoroçada para ver o número o qual Abigail fazia parte."



(...)


Estou testando minha própria paciência. E não estou indo muito longe com isso. Preciso aprender a ser paciente. Mas a ansiedade é mais forte, bem como o tempo é mais forte a que a vontade... "Ah! Vamos Vanessa! Vamos! Não seja impaciente!", diz minha cabeça. "Já sei! Já ouvi! Sou paciente! Sou! Vamos logo com isso!", pensa meu coração! É um pé de guerra único, é um pé de guerra meu. E o ponto de choque entre minha cabeça e meu coração fica bem no meio da boca. Daí eu desembesto, falo demais, falo o tempo todo, encho todos com a minha cabeça cheia de caraminholas, minha boca cheia de palavras e meu coração cheio de vontades. Ai que confusão é esse meu pobre corpo humano!


Definitivamente, digna de realeza!


beijos meus corações ;*

Trechos.

Lembram? Estou tentando escrever um livro.
Não está bom, sei que não. Mas estou caminhando. Resolvi separar em capítulos, para me ajudar a não confundir demais ao longo das páginas. Aliás, tem apenas um capítulo e meio pronto.

Vou colocar o começo do segundo capítulo, por favor, me corrijam, me dêem idéias, dicas e se estiver chato demais, me mandem parar! Obrigada :D

"II- CAINDO NA TEIA DOS SONHOS.

Estava abafado demais para permanecer dentro da tenda do circo itinerante, foi assim que decidiu se esgueirar até a porta em busca de ar fresco. A cada passo em direção a porta Abigail crescia mais e mais, e quando finalmente chegava ao lado de fora estava tão alta que precisava se agachar para passar pelas árvores cobertas de flores, algo que parecia não lhe importar. O calor só parecia aumentar, mesmo agora que estava do lado de fora, longe daquela lona grossa e pesada, então continuou a buscar um local mais fresco e arejado para recostar.

Foi, então, para debaixo de um imenso arco-íris que faiscava suas cores fortes e brilhantes no céu. Sentou ao lado de um pequeno pote dourado que reluzia – tão forte que parecia cegá-la – admirando sua bela vista do arco-íris flamejante no céu, Abigail então segurou um gravetinho – minúsculo em sua mão – e começou a arrastar pequenas nuvens, contornando-as, moldando-as, as fazendo parecer o que quisesse. Ora um coelho, ora uma caveira, da maneira que bem entendia ela brincava com aqueles pequenos pedaços de algodão.

– Mademoiselle! Está na hora – vinha gritando um palhaço desajeitado chamando a atenção de Abigail, que não fazia idéia do que se tratava.

– Hora? Hora de que? – perguntava a menina sem saber o que deveria fazer.

– Não seja tola mademoiselle! Está na hora da apresentação, vamos daminha! – dizia o palhaço fazendo estripulias.

O corpinho cheio e macio de Abigail levantou-se sem que seu cérebro o mandasse fazê-lo, e com apenas dois passos estava posta ao lado do – agora irritante – palhaço. Seu corpo movia-se sem que ela quisesse e em instantes a levara para uma parte do picadeiro onde o sol não a alcançava, e agora estava em seu tamanho normal. De repente duas mulheres ridiculamente lindas entraram e começaram a ajeitá-la para o espetáculo que ocorreria em um breve espaço de tempo. Antes que pudesse perceber estava maquiada, com roupas dignas de uma rainha, seu vestidinho era de seda branca, tão macia que tocava delicado sua pela tomada de feridinhas próprias de quem aprontava demais.

“Respeitável público!”, ouvia o Mestre de Cerimônia apresentando o próximo espetáculo enquanto era empurrada por entre os meios da lona escura e mal cheirosa que dividia o picadeiro.

– Onde estão me levando? O que devo fazer? Esperem! Estão me confundindo! – esbravejava Abigail que tinha seu corpo totalmente desvencilhado de seu cérebro.

Enquanto caminhava Abigail sentia uma sensação terrivelmente única, seu corpo vibrava de uma felicidade cruel, mas sua cabeça chorava de dor e tristeza, como se ela soubesse que o corpinho miúdo e infantil de Abigail estava a levando para um caminho sofrido e sem volta. Era como se fossem independentes, a cabeça era sensata, prudente, já o corpo era moleque, despreocupado e completamente impulsivo, e um não ligava para o outro. Como se o corpo ansiasse por aventura, enquanto a cabeça implorava pela sabedoria e cautela.

– Para onde vou? O que devo fazer? – perguntava tão confusa com a explosão de perguntas que sua cabeça formulava que mal sabia quando era sua boca e quando era sua mente falando.

– Vamos depressa daminha! A mademoiselle não pode se atrasar! Todos a esperam! Vamos, vamos! – diziam as duas mulheres que a ajudaram a se ornar.

Não demorou até que Abigail chegasse ao centro do palco redondo onde havia uma grande poltrona tão branca quanto seu impecável vestidinho de seda indiana, era acolchoada e revestida dum veludo macio, parecido com a pelugem de um leão albino. Quando se aproximou da poltrona pode ouvir os murmúrios inquietantes da platéia alvoroçada para ver o número o qual Abigail fazia parte."



(...)


Estou testando minha própria paciência. E não estou indo muito longe com isso. Preciso aprender a ser paciente. Mas a ansiedade é mais forte, bem como o tempo é mais forte a que a vontade... "Ah! Vamos Vanessa! Vamos! Não seja impaciente!", diz minha cabeça. "Já sei! Já ouvi! Sou paciente! Sou! Vamos logo com isso!", pensa meu coração! É um pé de guerra único, é um pé de guerra meu. E o ponto de choque entre minha cabeça e meu coração fica bem no meio da boca. Daí eu desembesto, falo demais, falo o tempo todo, encho todos com a minha cabeça cheia de caraminholas, minha boca cheia de palavras e meu coração cheio de vontades. Ai que confusão é esse meu pobre corpo humano!


Definitivamente, digna de realeza!


beijos meus corações ;*
 

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