sexta-feira, 8 de maio de 2009

Dançando sobre a linha tênue que divide a minha realidade de toda e qualquer fantasia...

Postado por Vanessa Kairalla às 5/08/2009 04:12:00 PM
... acho que está passando. O meu receio quanto a minha própria forma de escrever, finalmente, está passando!

Não digo que estou escrevendo bem, pois mamãe sempre dizia que "Mentir é feio, menina!", mas com certeza agora não me repugno tanto. Erro, e não me xingo mais por isso. É como se o "Grilo Falante" tivesse se disvenciliado de Pinócchio e passasse a ser agora - somente - minha consciência, e ao invés de me mandar parar de mentir, ele me diz para não me martirizar por tão pouco.

E isso desde que me encantei pela trilogia "Fronteiras do Universo" - muito embora eu esteja ainda no segundo livro - de Philip Pullman. Depois que conheci a história da menina chamada Lyra - a qual me identifiquei muito - minha mente desvairada não para de fantasiar. E tudo o que vejo, ouço, cheiro, como, tudo se tornou surtos fantásticos de imaginação. Depois que li o primeiro (dos três) livros, comecei a escrever uma histórinha que ficou - inevitavelmente - parecida. Daí então os surtos imaginativos viraram pânico.
"Como ser tão sem criatividade" repetia a mim mesma. "Obviamente, é por isso não escrevo bem", tornava a me chicotear. Mas os surtos que viraram pânico passou - imperceptível - a nada. Sabe quando todos os picos de violentas emoções negativas passam a exatamente NADA, e você simplesmente não percebe?! Pois bem, isso me ocorreu. E foi tão rápido e faceiro que sequer notei quando.

Daí, a linha tênue entre realidade e todas as fantasia - onde eu me encontrava sentada, estagnada e completamente estática - começou lentamente a se movimentar, e antes que pudesse me dar conta eu estava de pé, em cima dela, dançando em ritmo lento, como se uma valsa vienense tocasse branda me convidando para dançar. Conforme meu corpo - ainda duro - se mexia e rodopiava, seguindo o clássico "dois para cá, dois para lá", podia ver dum lado a realidade e doutro a fantasia. Era a dança mais deliciosa da qual pude participar.

Do meu lado direito havia o carregado cinza das coisas concretas, eu via as possibilidades, sentia a firmeza das coisas que eu sabia, que se quisesse, podia tocar e carregar comigo para onde fosse. Eu via as tristezas e as felicidades, elas também eram concretas e - estranhamente - andavam de mãos dadas, mas eram simples passageiras, por isso, a cada volta dada elas iam e vinham de formas diferentes, dissipando-se no ar cada vez que eu lhes dava as costas.

Já o lado esquerdo as cores se confrontavam o tempo todo e formavam um tecido degrade brilhante, que podia ser mais bonito que a própria aurora boreal. Havia animais e monstros que jamais se poderiam ver do lado direito, o lado real. Algumas fumaças caiam do céu com cheiros de avelã, outros rios subiam para o céu, formando uma cachoeira anti-gravitacional. Os cheiros eram fortes e completamente distintos daqueles que vinham do lado oposto. Eram tudo completamente intocável, nada podia ser carregado ou guardado. E, coincidentemente, no lado da fantasia também haviam tristezas e felicidades. Elas também andavam de mãos dadas e se dissipavam ao dar as costas, mas elas não impregnavam na roupa, como as da realidade faziam.

De repente, aquilo que era uma valsa, explodiu em forma de samba - e as músicas vinham de ambos os lados - e a linha, que já era tênue, se tornava cada vez mais invisível e indesejável. Conforme meus pés dançavam por contra própria, o cinza era encharcado pelas cores da fantasia, e essas impregnavam de tal forma que me deixava com a certeza de que nunca mais sairiam. O tecido degrade e brilhantes de cores começaram a tocar tudo o que havia na minha realidade. O samba aumentava o ritmo cada vez mais, e a linha ia se apagando.

Quando o samba passou a ballet já era tarde demais, a fronteira que a minha realidade havia criado para afastar a insanidade da minha fantasia já havia desaparecido, como se um muro tivesse sido derrubado, sem dó ou piedade.
Os cheiros - todos eles - se intensificaram. Os perfumes cítricos eram puro limão, os doces eram o mel recém-fabricado. Os sons estão mais nítidos, o pio dos pássaros são óperas bem cantadas, e o ranger de peças enferrujadas de metal é o rock mais pesado de todos.

Foi a melhor coisa que eu fiz. Abrir as porteiras da minha fantasia. Até os meus momentos de insanidade me rendem deliciosos momentos de sonhos e, na maior parte deles eu estou incrivelmente acordada.


Chega né!? ahahaha parei de viajar. :B

Dançando sobre a linha tênue que divide a minha realidade de toda e qualquer fantasia...

... acho que está passando. O meu receio quanto a minha própria forma de escrever, finalmente, está passando!

Não digo que estou escrevendo bem, pois mamãe sempre dizia que "Mentir é feio, menina!", mas com certeza agora não me repugno tanto. Erro, e não me xingo mais por isso. É como se o "Grilo Falante" tivesse se disvenciliado de Pinócchio e passasse a ser agora - somente - minha consciência, e ao invés de me mandar parar de mentir, ele me diz para não me martirizar por tão pouco.

E isso desde que me encantei pela trilogia "Fronteiras do Universo" - muito embora eu esteja ainda no segundo livro - de Philip Pullman. Depois que conheci a história da menina chamada Lyra - a qual me identifiquei muito - minha mente desvairada não para de fantasiar. E tudo o que vejo, ouço, cheiro, como, tudo se tornou surtos fantásticos de imaginação. Depois que li o primeiro (dos três) livros, comecei a escrever uma histórinha que ficou - inevitavelmente - parecida. Daí então os surtos imaginativos viraram pânico.
"Como ser tão sem criatividade" repetia a mim mesma. "Obviamente, é por isso não escrevo bem", tornava a me chicotear. Mas os surtos que viraram pânico passou - imperceptível - a nada. Sabe quando todos os picos de violentas emoções negativas passam a exatamente NADA, e você simplesmente não percebe?! Pois bem, isso me ocorreu. E foi tão rápido e faceiro que sequer notei quando.

Daí, a linha tênue entre realidade e todas as fantasia - onde eu me encontrava sentada, estagnada e completamente estática - começou lentamente a se movimentar, e antes que pudesse me dar conta eu estava de pé, em cima dela, dançando em ritmo lento, como se uma valsa vienense tocasse branda me convidando para dançar. Conforme meu corpo - ainda duro - se mexia e rodopiava, seguindo o clássico "dois para cá, dois para lá", podia ver dum lado a realidade e doutro a fantasia. Era a dança mais deliciosa da qual pude participar.

Do meu lado direito havia o carregado cinza das coisas concretas, eu via as possibilidades, sentia a firmeza das coisas que eu sabia, que se quisesse, podia tocar e carregar comigo para onde fosse. Eu via as tristezas e as felicidades, elas também eram concretas e - estranhamente - andavam de mãos dadas, mas eram simples passageiras, por isso, a cada volta dada elas iam e vinham de formas diferentes, dissipando-se no ar cada vez que eu lhes dava as costas.

Já o lado esquerdo as cores se confrontavam o tempo todo e formavam um tecido degrade brilhante, que podia ser mais bonito que a própria aurora boreal. Havia animais e monstros que jamais se poderiam ver do lado direito, o lado real. Algumas fumaças caiam do céu com cheiros de avelã, outros rios subiam para o céu, formando uma cachoeira anti-gravitacional. Os cheiros eram fortes e completamente distintos daqueles que vinham do lado oposto. Eram tudo completamente intocável, nada podia ser carregado ou guardado. E, coincidentemente, no lado da fantasia também haviam tristezas e felicidades. Elas também andavam de mãos dadas e se dissipavam ao dar as costas, mas elas não impregnavam na roupa, como as da realidade faziam.

De repente, aquilo que era uma valsa, explodiu em forma de samba - e as músicas vinham de ambos os lados - e a linha, que já era tênue, se tornava cada vez mais invisível e indesejável. Conforme meus pés dançavam por contra própria, o cinza era encharcado pelas cores da fantasia, e essas impregnavam de tal forma que me deixava com a certeza de que nunca mais sairiam. O tecido degrade e brilhantes de cores começaram a tocar tudo o que havia na minha realidade. O samba aumentava o ritmo cada vez mais, e a linha ia se apagando.

Quando o samba passou a ballet já era tarde demais, a fronteira que a minha realidade havia criado para afastar a insanidade da minha fantasia já havia desaparecido, como se um muro tivesse sido derrubado, sem dó ou piedade.
Os cheiros - todos eles - se intensificaram. Os perfumes cítricos eram puro limão, os doces eram o mel recém-fabricado. Os sons estão mais nítidos, o pio dos pássaros são óperas bem cantadas, e o ranger de peças enferrujadas de metal é o rock mais pesado de todos.

Foi a melhor coisa que eu fiz. Abrir as porteiras da minha fantasia. Até os meus momentos de insanidade me rendem deliciosos momentos de sonhos e, na maior parte deles eu estou incrivelmente acordada.


Chega né!? ahahaha parei de viajar. :B
 

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