sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Queremos Biz.

Postado por Vanessa Kairalla às 8/15/2008 05:52:00 PM
Tenho ido as palestras da 55ª Semana Jurídica do Centro Acadêmico Alexandre de Gusmão (da Unisantos) e esse só convidaram os figurões do Direito (creiam em mim, isso é um elogio).
Na verdade eu fui em apenas quatro das dez palestras, e adorei todas as que estive presente. As três que eu mais gostei foram a do Dr. Fernando Capez, do Dr. Pedro Lenza e do Dr. Ari Friedenbach (a que eu mais gostei particularmente).

A palestra do Dr. Friedenbach, cujo tema era a redução da menoridade penal, foi a melhor por vários motivos, primeiro: ele foi breve e objetivo - mesmo tendo iniciado falando sobre sua vida particular, segundo: ele falou com muita clareza, terceiro: ele mostrou o ponto de vista dele criticando a realidade, mas em contraponto propos uma alternativa para arrumar o que ele acha que está errado.

Para quem não se recorda o Dr. Ari Friedenbach é o pai da menina Liana que no ano de 2003 resolveu fazer um acampamento com o namorado Felipe Caffé escondido dos pais em Embu-Guaçu, onde foram abordados por uma quadrilha constituída por três adultos e um menor de idade. Felipe foi morto com um tiro na nuca no 1º dia de seqüestro e Liana permaneceu sob domínio durante 5 dias, sendo estuprada por igual período e morta no 5º dia a facadas pelo menor conhecido como Champinha. Ari Friedenbach comandou as buscas por sua filha e se deparou com uma polícia despreparada.

Depois de passar por tudo, Friedenbach esteve pela primeira vez em Brasília onde viu um projeto lei para redução da menoridade penal para 13 anos, isso lhe despertou interesse, afinal sua filha a pouco havia sido morta por um menor. Começou então a pesquisar e viu que a menoridade penal é cláusula pétrea da Constituição Federal (isso significa que nada poderá mudá-la, exceto a criação de uma nova constituição), portanto é inviável a redução da menoridade penal, mesmo assim existem rumores sobre um novo projeto-lei para reduzir a menoridade penal para 16 anos. Continuou a pesquisar e procurar meios para fazer o judiciário funcionar de forma eficaz e o mais correta possível, e a resposta que achou mais aceitável foi emancipar os menores-infratores que cometeram crimes graves consciente de seus atos, ou seja, o juiz anteciparia os direitos e deveres penais do menor para que ele respondesse como se fosse maior de idade.

A palestra foi muito interessante e tocante, pois ainda que sua filha tenha sido morta por um menor de forma brutal, ele disse em emancipar os que sabem o que estão fazendo, e o menor que matou a filha dele foi declarado insano, portanto, não se encontra no critério dele para ser emancipado.

Perguntaram para Friedenbach se ele é a favor da pena de morte e adivinhem a resposta...

... NÃO! Ele não é a favor! É o máximo. Eu realmente amei a palestra.


Bom é só.

Queremos Biz.

Tenho ido as palestras da 55ª Semana Jurídica do Centro Acadêmico Alexandre de Gusmão (da Unisantos) e esse só convidaram os figurões do Direito (creiam em mim, isso é um elogio).
Na verdade eu fui em apenas quatro das dez palestras, e adorei todas as que estive presente. As três que eu mais gostei foram a do Dr. Fernando Capez, do Dr. Pedro Lenza e do Dr. Ari Friedenbach (a que eu mais gostei particularmente).

A palestra do Dr. Friedenbach, cujo tema era a redução da menoridade penal, foi a melhor por vários motivos, primeiro: ele foi breve e objetivo - mesmo tendo iniciado falando sobre sua vida particular, segundo: ele falou com muita clareza, terceiro: ele mostrou o ponto de vista dele criticando a realidade, mas em contraponto propos uma alternativa para arrumar o que ele acha que está errado.

Para quem não se recorda o Dr. Ari Friedenbach é o pai da menina Liana que no ano de 2003 resolveu fazer um acampamento com o namorado Felipe Caffé escondido dos pais em Embu-Guaçu, onde foram abordados por uma quadrilha constituída por três adultos e um menor de idade. Felipe foi morto com um tiro na nuca no 1º dia de seqüestro e Liana permaneceu sob domínio durante 5 dias, sendo estuprada por igual período e morta no 5º dia a facadas pelo menor conhecido como Champinha. Ari Friedenbach comandou as buscas por sua filha e se deparou com uma polícia despreparada.

Depois de passar por tudo, Friedenbach esteve pela primeira vez em Brasília onde viu um projeto lei para redução da menoridade penal para 13 anos, isso lhe despertou interesse, afinal sua filha a pouco havia sido morta por um menor. Começou então a pesquisar e viu que a menoridade penal é cláusula pétrea da Constituição Federal (isso significa que nada poderá mudá-la, exceto a criação de uma nova constituição), portanto é inviável a redução da menoridade penal, mesmo assim existem rumores sobre um novo projeto-lei para reduzir a menoridade penal para 16 anos. Continuou a pesquisar e procurar meios para fazer o judiciário funcionar de forma eficaz e o mais correta possível, e a resposta que achou mais aceitável foi emancipar os menores-infratores que cometeram crimes graves consciente de seus atos, ou seja, o juiz anteciparia os direitos e deveres penais do menor para que ele respondesse como se fosse maior de idade.

A palestra foi muito interessante e tocante, pois ainda que sua filha tenha sido morta por um menor de forma brutal, ele disse em emancipar os que sabem o que estão fazendo, e o menor que matou a filha dele foi declarado insano, portanto, não se encontra no critério dele para ser emancipado.

Perguntaram para Friedenbach se ele é a favor da pena de morte e adivinhem a resposta...

... NÃO! Ele não é a favor! É o máximo. Eu realmente amei a palestra.


Bom é só.
 

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