domingo, 29 de junho de 2008

E quando estiver acabado, ainda teremos nossas idéias.... ou não!

Postado por Vanessa Kairalla às 6/29/2008 11:21:00 PM
Pois é, comprei faz uns dias, um livro que fala da JH (juventude hitlerista), mas logo que comprei tive uma intensa, porém não agradável, semana de provas, que me impediram de lê-lo. Então o peguei para ler hoje, afinal, é um livro pequeno, por volta de 140 páginas, de leitura rápida e prazerosa (para mim ao menos).
Ainda não cheguei exatamente ao fim, sou do tipo que lê até mesmo a bibliografia se é que me entendem, mas enquanto lia sentia oscilações extremas de ódio e admiração por Hitler.
Ele era simples e genialmente odioso. Manipulador e calculista, conseguia me fazer odiá-lo à ponto de amá-lo até que, cheguei num ponto em que não sabia mais se seguiria as idéias de Hitler ou iria contra. Muitos devem pensar que me ponho louca neste exato momento ou ainda que sou alienada como uma porta, acontece que Hitler era, ainda por cima, incompreendido por outros países que não a Alemanha, é fato que muitos o apoiaram, todavia, é fato também que Hitler - assim como toda a Alemanha - se encontrava numa situação não apenas traumática, como também humilhante. Mesmo odiando saber que Hitler matou, saqueou, feriu e humilhou judeus que não apenas lutaram pela Alemanha, mas também eram fiéis e amavam a terra que Hitler comandou.

Enquanto conflitava comigo mesma notei uma pequena semelhança entre o holocausto "hitleriano" e a nossa atual mídia. Infelizmente tenho essa mania asquerosa de tentar enquadrar fatos históricos com o cotidiano, uma forma não muito saudável de lembrar tempos tristes de forma mais branda.
Apenas pensando em como o holocausto é parecido com a mídia talvez não seja possível imaginar (afinal nem todos pensam como eu e nem todos gostam de história) onde exatamente eu quis chegar, portanto tentarei expor de forma linear o meu raciocínio (talvez ilógico a primeira vista).

Em 1933 Adolf Hitler virou chanceler subindo ao poder, foi nesse ano que, vagarosamente, o holocausto começou. Havia acabado de ser assinado o "Tratado de Versalhes" que impunha que a Alemanha assumisse a derrota e pagasse um enorme valor aos outros países pelo prejuízo causado, também exigia que a Alemanha não possuísse exército com mais de 100 mil homens, causando - além de perdas financeiras - humilhação ao povo germânico.
Hitler, assim que assumiu seu posto de chanceler, fez promessas inesquecíveis ao povo alemão, como arranjar emprego a todos e, dizia Adolf Hitler que iria desrespeitar o Tratado de Versalhes em nome do povo alemão.
Alguns, cansados da guerra que a pouco havia terminado, não apoiavam Hitler, porém não impediram que ele chegasse ao poder. Contudo, os jovens que se maravilhavam com tantas promessas de uma Alemanha forte e melhor não se contiveram em logo colocar suas fardas cor de mostarda e seguir o novo líder, que não apenas lhes orientava como também os educava para se tornarem o povo alemão ideal.
Para construção da "nova Alemanha", Hitler precisava de arianos puros - sem miscigenação - e para tanto, era preciso não deixar que arianos se misturassem com qualquer outra raça (principalmente judeus, os quais eram culpados por todo povo alemão de trazer à desgraça, uma vez que os judeus lucravam com a inflação e, teoricamente, empobreciam ainda mais os alemães).
Começou proibindo a amizade e o casamento, logo após os judeus não podiam mais freqüentar as mesmas escolas (ou qualquer uma), não podiam ter clientes em seus comércios, tão menos ter suas riquezas ou bens pessoais. Vieram, a seguir, sendo agredidos por estarem em seu país, cuspiam-nos os arianos revoltados, prendiam-nos e mandavam para campos de concentração onde, de vez, morreriam.

Hoje em dia, penso eu, a mídia faz com a cabeça dos jovens o que fazia Hitler com os jovens na Alemanha. Primeiro ilustram possibilidades em nossas mentes, depois ditam-nos o que fazer, o que vestir, como ou com quem andar, o que comprar, entre outras coisas. Daí, nos dizem que temos que ter ou ser daquele jeito para criarmos uma sociedade melhor, ou ainda para sermos os melhores. E logo em seguida, guiam nossas mentes, pensamentos e idéias para um enorme "show de cores" em frente aos computadores e televisores, que se equiparam com os campos de concentração, e é lá, exatamente naquele local em que nossos neurônios cansados de tanta informação serão mortos e quase devastados.

Hitler fazia discursos magistrais, lavava a mente dos cidadãos alemães durante horas e horas todos os dias, implantava rádios em todos os cantos da Alemanha por onde era ouvido o dia inteiro, todos os dias. A nossa mídia não é tão diferente, concordam?!
As emissoras têm programações 24 horas por dia todos os dias, a internet também, e em todo lugar que você olhe há um cartaz, banner, faixa, anúncio mostrando os "modelos ideais".
E é exatamente aqui, exatamente deste ponto que começo amar Hitler e odiar a mídia, pois - ao menos- Hitler extraia do povo alemão o melhor que podiam dar, fazia os jovens praticar esportes, malhar, alimentar-se bem, estudar, trabalhar, exigindo produtividade dia após dia. E isso, ao meu ver, a mídia não faz! Ela não paga uma boa escola, não dá alimentação balanceada, não pede dedicação nos estudos ou trabalho, a mídia pede apenas para que sigamos os seus padrões, sem se importar se o preço que vamos pagar é alto demais ou não.

Enquanto Hitler armou a Alemanha (que não passava de um país militar) e praticou um genocídio, a mídia arma nossas vontades (que não passam de futilidades egoístas) para praticar um "inteligenticidio".

Infelizmente, dedico este primeiro texto, aos jovens que (assim como os jovens nazistas) se deixaram encantar por "promessas inviáveis" e um pouco de cor dentro de uma tela.

Vivemos um Holocausto à inteligência humana, talvez devamos armar uma 3ª guerra - mas esta sem armas - e por a prova a nossa capacidade de raciocinar não apenas a favor, como também contra àqueles que nos corrompem as idéias.
Até a mídia que eu critiquei tem seu lado bom, e talvez este seja um deles.


É hora da consciência e da razão invadirem o ilusório e fantasioso mundo das idéias e quem sabe assim não teremos (como Hitler imaginava para Alemanha) mentes melhores e mais fortes?

E quando estiver acabado, ainda teremos nossas idéias.... ou não!

Pois é, comprei faz uns dias, um livro que fala da JH (juventude hitlerista), mas logo que comprei tive uma intensa, porém não agradável, semana de provas, que me impediram de lê-lo. Então o peguei para ler hoje, afinal, é um livro pequeno, por volta de 140 páginas, de leitura rápida e prazerosa (para mim ao menos).
Ainda não cheguei exatamente ao fim, sou do tipo que lê até mesmo a bibliografia se é que me entendem, mas enquanto lia sentia oscilações extremas de ódio e admiração por Hitler.
Ele era simples e genialmente odioso. Manipulador e calculista, conseguia me fazer odiá-lo à ponto de amá-lo até que, cheguei num ponto em que não sabia mais se seguiria as idéias de Hitler ou iria contra. Muitos devem pensar que me ponho louca neste exato momento ou ainda que sou alienada como uma porta, acontece que Hitler era, ainda por cima, incompreendido por outros países que não a Alemanha, é fato que muitos o apoiaram, todavia, é fato também que Hitler - assim como toda a Alemanha - se encontrava numa situação não apenas traumática, como também humilhante. Mesmo odiando saber que Hitler matou, saqueou, feriu e humilhou judeus que não apenas lutaram pela Alemanha, mas também eram fiéis e amavam a terra que Hitler comandou.

Enquanto conflitava comigo mesma notei uma pequena semelhança entre o holocausto "hitleriano" e a nossa atual mídia. Infelizmente tenho essa mania asquerosa de tentar enquadrar fatos históricos com o cotidiano, uma forma não muito saudável de lembrar tempos tristes de forma mais branda.
Apenas pensando em como o holocausto é parecido com a mídia talvez não seja possível imaginar (afinal nem todos pensam como eu e nem todos gostam de história) onde exatamente eu quis chegar, portanto tentarei expor de forma linear o meu raciocínio (talvez ilógico a primeira vista).

Em 1933 Adolf Hitler virou chanceler subindo ao poder, foi nesse ano que, vagarosamente, o holocausto começou. Havia acabado de ser assinado o "Tratado de Versalhes" que impunha que a Alemanha assumisse a derrota e pagasse um enorme valor aos outros países pelo prejuízo causado, também exigia que a Alemanha não possuísse exército com mais de 100 mil homens, causando - além de perdas financeiras - humilhação ao povo germânico.
Hitler, assim que assumiu seu posto de chanceler, fez promessas inesquecíveis ao povo alemão, como arranjar emprego a todos e, dizia Adolf Hitler que iria desrespeitar o Tratado de Versalhes em nome do povo alemão.
Alguns, cansados da guerra que a pouco havia terminado, não apoiavam Hitler, porém não impediram que ele chegasse ao poder. Contudo, os jovens que se maravilhavam com tantas promessas de uma Alemanha forte e melhor não se contiveram em logo colocar suas fardas cor de mostarda e seguir o novo líder, que não apenas lhes orientava como também os educava para se tornarem o povo alemão ideal.
Para construção da "nova Alemanha", Hitler precisava de arianos puros - sem miscigenação - e para tanto, era preciso não deixar que arianos se misturassem com qualquer outra raça (principalmente judeus, os quais eram culpados por todo povo alemão de trazer à desgraça, uma vez que os judeus lucravam com a inflação e, teoricamente, empobreciam ainda mais os alemães).
Começou proibindo a amizade e o casamento, logo após os judeus não podiam mais freqüentar as mesmas escolas (ou qualquer uma), não podiam ter clientes em seus comércios, tão menos ter suas riquezas ou bens pessoais. Vieram, a seguir, sendo agredidos por estarem em seu país, cuspiam-nos os arianos revoltados, prendiam-nos e mandavam para campos de concentração onde, de vez, morreriam.

Hoje em dia, penso eu, a mídia faz com a cabeça dos jovens o que fazia Hitler com os jovens na Alemanha. Primeiro ilustram possibilidades em nossas mentes, depois ditam-nos o que fazer, o que vestir, como ou com quem andar, o que comprar, entre outras coisas. Daí, nos dizem que temos que ter ou ser daquele jeito para criarmos uma sociedade melhor, ou ainda para sermos os melhores. E logo em seguida, guiam nossas mentes, pensamentos e idéias para um enorme "show de cores" em frente aos computadores e televisores, que se equiparam com os campos de concentração, e é lá, exatamente naquele local em que nossos neurônios cansados de tanta informação serão mortos e quase devastados.

Hitler fazia discursos magistrais, lavava a mente dos cidadãos alemães durante horas e horas todos os dias, implantava rádios em todos os cantos da Alemanha por onde era ouvido o dia inteiro, todos os dias. A nossa mídia não é tão diferente, concordam?!
As emissoras têm programações 24 horas por dia todos os dias, a internet também, e em todo lugar que você olhe há um cartaz, banner, faixa, anúncio mostrando os "modelos ideais".
E é exatamente aqui, exatamente deste ponto que começo amar Hitler e odiar a mídia, pois - ao menos- Hitler extraia do povo alemão o melhor que podiam dar, fazia os jovens praticar esportes, malhar, alimentar-se bem, estudar, trabalhar, exigindo produtividade dia após dia. E isso, ao meu ver, a mídia não faz! Ela não paga uma boa escola, não dá alimentação balanceada, não pede dedicação nos estudos ou trabalho, a mídia pede apenas para que sigamos os seus padrões, sem se importar se o preço que vamos pagar é alto demais ou não.

Enquanto Hitler armou a Alemanha (que não passava de um país militar) e praticou um genocídio, a mídia arma nossas vontades (que não passam de futilidades egoístas) para praticar um "inteligenticidio".

Infelizmente, dedico este primeiro texto, aos jovens que (assim como os jovens nazistas) se deixaram encantar por "promessas inviáveis" e um pouco de cor dentro de uma tela.

Vivemos um Holocausto à inteligência humana, talvez devamos armar uma 3ª guerra - mas esta sem armas - e por a prova a nossa capacidade de raciocinar não apenas a favor, como também contra àqueles que nos corrompem as idéias.
Até a mídia que eu critiquei tem seu lado bom, e talvez este seja um deles.


É hora da consciência e da razão invadirem o ilusório e fantasioso mundo das idéias e quem sabe assim não teremos (como Hitler imaginava para Alemanha) mentes melhores e mais fortes?
 

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